De 1968 a 1972, a AICA atribuiu os prémios SOQUIL de artes plásticas, através de um júri fixo constituído por José Augusto França, Rui Mário Gonçalves e Fernando Pernes que premiou as melhores exposições realizadas em Lisboa.
Interrompido durante oito anos, o prémio “regressou”, em 1981, por iniciativa da então Divisão de Artes Plásticas da Direcção-Geral da Acção Cultural / SEC (Secretaria de Estado da Cultura), passando a considerar todo o país.
Desde então, a Secção Portuguesa da AICA escolhe anualmente um artista plástico e um arquitecto merecedores de um prémio nacional, cujo quantitativo é oferecido pela Secretaria de Estado da Cultura, a que se juntou em 2012 a Fundação Millennium bcp.
Os prémios de Artes Visuais e Arquitectura são atribuídos a duas personalidades das respectivas áreas, cujo percurso profissional seja considerado relevante pela crítica e cujo trabalho tenha estado particularmente em foco, no ano a que o Prémio diz respeito.
Artes Visuais
Carlos Bunga
2023
Ao décimo oitavo dia do mês de abril de dois mil e vinte e quatro, pelas quinze horas e trinta minutos reuniu o júri do Prémio AICA/MC/Millennium bcp 2023. Composto por Ana Tostões, que presidiu, e por Ana Anacleto, João Belo Rodeia, Lígia Afonso e Susana Ventura, o júri, que reuniu no dia 18 de abril de 2024, decidiu por unanimidade atribuir o Prémio AICA/MC/Millennium bcp 2023 de Artes Visuais a Carlos Bunga, reconhecendo a importância das exposições realizadas no ano de 2023 no Bombas Gens Centre d’Art de Valencia, no Sarasota Art Museum da Florida e a participação na 35.ª Bienal de São Paulo.
A atribuição do prémio ao artista Carlos Bunga reconheceu a singularidade das suas obras, orientadas para o processo, criadas no cruzamento dos campos disciplinares e formatos da escultura, pintura, desenho, performance e vídeo, resultando muitas vezes em instalações in-situ de forte componente arquitetónica. Utiliza recursos simples e despretensiosos, tais como papel, cartão de embalagem, fita adesiva e tinta industrial, com os quais ensaia gestos simples e monumentais, delicados e robustos, intuitivos e ascéticos, em ações de fazer e desfazer, sobrepor e acumular, que valorizam o tempo, a cor e a poética dos materiais.
O júri fundamentou a escolha referindo o trabalho apresentado em 2023 sobretudo no contexto internacional, em que se destacaram as exposições individuais realizadas no Bombas Gens Centre d’Art de Valencia, no Sarasota Art Museum, na Florida, na 35.ª Bienal de São Paulo na sequência das mostras recentes no Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía (Madrid) e no MACBA (Barcelona), bem como da exposição realizada na abertura do Museu Helga de Alvear em Cáceres. A sua obra está presente nas mais diversas e relevantes coleções internacionais. O artista é representado pela Galeria Vera Cortês.
Luisa Cunha
2022
Composto por Ana Tostões, que presidiu, e por Luísa Soares de Oliveira, Nuno Faria, Manuel Aires Mateus e João Belo Rodeia, o júri, que reuniu no dia 24 de abril de 2023, decidiu por unanimidade atribuir o Prémio AICA/MC/Millennium bcp 2022 de Artes Visuais a Luisa Cunha (1949), pela exposição “Partitura #4”, realizada na Galeria Miguel Nabinho, em Lisboa e pela intervenção no espaço “Gabinete”, no MAAT, com a peça “Não”, com a curadoria de João Pinharanda.
Luisa Cunha expõe o seu trabalho regularmente desde o início dos anos 1990. A sua obra, caracterizada por uma radical singularidade e uma notável persistência, colhe amplo reconhecimento crítico e tem sido exposta nas mais relevantes instituições nacionais. Em 2021, foi-lhe atribuído o Grande Prémio EDP e teve uma destacada participação na Bienal de Arte de São Paulo, no Brasil.
A palavra, o discurso, o som, o espaço-tempo e as condições de perceção do espectador constituem alguns dos princípios fundadores do trabalho da artista, frequentemente marcado pelos duplos-sentidos da linguagem, pelo absurdo e por um subtil uso de estratégias de corrosão das estruturas de poder e de controlo individual e coletivo.
Para além das exposições anteriormente referidas, a artista realizou outras duas mostras individuais na Apletton Square (Partitura #5), em Lisboa, e no Museu de Arqueologia e Etnologia de Elvas.
Rui Chafes
2021
Ao sexto dia do mês de Abril de dois mil e vinte e dois, pelas vinte horas, reuniu o Júri do Prémio AICA/MC/Millennium bcp 2021 por videoconferência.
Composto por Luísa Soares de Oliveira, Paulo Pires do Vale, Inês Lobo e Rui Mendes, e presidido por Catarina Rosendo, o júri decidiu por unanimidade atribuir o Prémio AICA/MC/Millennium bcp 2021 de Artes Visuais a Rui Chafes, pela sua exposição individual _Nada Existe_ realizada na Galeria Filomena Soares, em Lisboa, em 2021.
A exposição realizada por Rui Chafes em 2021, _Nada Existe,_ dá continuidade a um trabalho de excelência iniciado no final da década de 1980. As obras apresentadas, produzidas entre 2020 e 2021, foram por si definidas como “fragmentos e negras flores de espuma nascidas neste nosso tempo de devastação”. No seu conjunto, a exposição demonstra a capacidade do artista de renovar a sua linguagem através da criação de peças que, sem abdicar das grandes linhas conceptuais que têm norteado o seu trabalho e recorrendo à tradição escultórica medieval e gótica, se ancoram em novos processos técnicos e radicam, em última análise, no diálogo estabelecido desde 2018 com a obra do escultor suíço Alberto Giacometti. As suas obras operam sobre os sentidos criados pelo diálogo entre a ausência e a presença, o peso da matéria e a leveza do ar, a forma fechada e o que ela encerra, através do ferro moldado, soldado, dominado pelo fogo, e pintado, por fim, de negro mate, sempre na busca de, como disse em 2007, “mostrar ou pressentir algo que não está aqui”.
Ao quinto dia do mês de fevereiro de dois mil e vinte e um, pelas dezassete horas reuniu o júri do Prémio AICA/MC/Millennium bcp 2020 por videoconferência. Composto por Luísa Soares de Oliveira, Ana Anacleto, Bárbara Silva e Pedro Baía, e presidido por Sandra Vieira Jürgens, o júri decidiu por unanimidade atribuir o Prémio AICA/MC/Millennium bcp 2020 de Artes Visuais a Eduardo Batarda, tendo o júri destacado a exposição «Great Moments. Eduardo Batarda nos Anos Setenta» realizada na Fundação Arpad Szenes – Vieira da Silva, em 2020.
O artista que nasceu em 1943 e estudou em Lisboa, na Escola Superior de Belas Artes e, em Londres, no Royal College of Arts até 1974, desenvolveu para além de uma carreira notável de pintor uma atividade distinta de professor na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto. Recebeu o Grande Prémio EDP em 2007 e, em 2019, o Grande Prémio Amadeo de Souza-Cardoso. A exposição referida apresentava uma extensa série de obras com um domínio virtuoso da técnica que servia um discurso crítico, irónico, corrosivo, politicamente engajado, cruzando um conjunto de referentes oriundos tanto dos universos da cultura popular quanto da cultura erudita. O artista tem um extenso currículo de exposições em território nacional e internacional.
in acta de reunião de júri do Prémio AICA/MC/Millennium bcp
Ao nono dia do mês de janeiro de dois mil e vinte, reuniu o júri do Prémio AICA/MC/Millennium bcp 2019 na Sala Pardal Monteiro da Ordem dos Arquitectos em Lisboa.
Composto por Sandra Vieira Jürgens, Nuno Faria, Rui Mendes e Pedro Baía e presidido por Ana Tostões, o júri decidiu atribuir o prémio de Artes Visuais a Silvestre Pestana, destacado o seu longo trajeto artístico, que atravessa várias disciplinas, nomeadamente a poesia experimental, o multimedia e a performance. Emergindo desde meados dos anos 60 como um dos mais radicais e idiossincráticos percursos no panorama artístico português, o seu trabalho teve reconhecimento institucional nos últimos anos, com a realização da sua exposição retrospetiva no Museu de Serralves em 2016. Com uma obra que mantém uma energia e uma intensidade irredutivelmente experimental, e que se renova constantemente, Silvestre Pestana tem exercido uma discreta influência sobre novas gerações, também pela sua atividade pedagógica, visível nas exposições realizadas em espaços independentes por curadores mais jovens, de que são exemplo as exposições individuais apresentadas no Espaço Mira (2014) e em Uma Certa Falta de Coerência (2018).
in acta de reunião de júri do Prémio AICA/MC/Millennium bcp
José Loureiro
2018
Ao décimo primeiro dia do mês de julho de dois mil e dezanove, reuniu o júri do Prémio AICA/MC/Millennium bcp 2018 na Sociedade Nacional de Belas Artes em Lisboa.
Composto por Celso Martins, Paulo Tormenta Pinto, Rui Mendes e Luísa Soares de Oliveira e presidido interinamente pelo Arquiteto Ricardo Carvalho, o júri decidiu atribuir o prémio de Artes Visuais a José Loureiro, pela pela exposição "A Vocação dos Ácaros", apresentada em 2018 na Fundação Carmona e Costa, em Lisboa. O júri realça o facto de que nesta exposição “a coerência nunca foi inimiga da surpresa, num artista que, há mais de trinta anos, vem desenvolvendo um trabalho de equilíbrio entre o desenho e a cor, o visível e o velado, que não pode ser reduzido ao discurso sobre ele”.
in acta de reunião de júri do Prémio AICA/MC/Millennium bcp
Fernanda Fragateiro
2017
Os prémios AICA/MC/Millennium bcp de artes visuais relativos a 2017 foram, por decisão unânime do júri reunido a 20 de setembro de 2018 na Sociedade Nacional de Belas Artes, atribuídos à artista Fernanda Fragateiro.
O júri foi presidido por Ricardo Carvalho e constituído por Ana Tostões, Catarina Rosendo, João Rodeia e Nuno Crespo que justificou, na ata da reunião, a opção de atribuição da seguinte forma:
Prémio AICA/MC/Millennium bcp de Artes Visuais 2017, atribuído a Fernanda Fragateiro - “O prémio decorre das suas duas exposições realizadas em 2017 - "A reserva das coisas no seu estado latente”, na Fundação Eugénio de Almeida em Évora, e "Dos arquivos, à matéria, à construção", no MAAT, Lisboa.
Estes momentos de visibilidade permitiram verificar a enorme coerência do percurso artístico de Fernanda Fragateiro, desde sempre empenhado num questionamento das possibilidades da escultura contemporânea e na sua articulação com a tradição modernista no tratamento dos materiais e em procedimentos como a serialidade e a modularidade. A criação de pontes entre espaços privados e espaços públicos, a constante investigação conceptual sobre momentos-chave do modernismo arquitetónico e artístico e a vocação nata com que as suas obras dialogam com os espaços em que se instalam, permitem afirmar a plena atualidade e oportunidade da sua obra.”
in acta de reunião de júri do Prémio AICA/MC/Millennium bcp
Daniel Blaufuks
2016
Ao quinto dia do mês de junho de dois mil e dezassete, reuniu o júri do Prémio AICA/MC/Millennium bcp 2016 na Sociedade Nacional de Belas Artes em Lisboa. Composto por André Tavares, Manuel Costa Cabral, Victor dos Reis e Inês Lobo e presidido por Margarida Medeiros, após debate sobre critérios e metodologia, o júri decidiu atribuir o prémio de Artes Visuais a Daniel Blaufuks, pelas exposições "Léxico", realizada na Bienal de Vila Franca de Xira, e "Tentativa de Esgotamento", realizada na Galeria Vera Cortês, em Lisboa;
in acta de reunião de júri do Prémio AICA/MC/Millennium bcp
Jorge Queiroz
2015
Ao quinto dia do mês de junho de dois mil e dezassete, reuniu o Júri do Prémio AICA/MC/Millennium bcp 2015 na Sociedade Nacional de Belas Artes em Lisboa. Composto por André Tavares, Manuel Costa Cabral, Victor dos Reis e Inês Lobo e presidido por Margarida Medeiros, após debate sobre critérios e metodologia, o júri decidiu atribuir o prémio de Artes Visuais a Jorge Queiroz, pela exposição "O Caso", realizada no Pavilhão Branco do Museu da Cidade, em Lisboa.
in acta de reunião de júri do Prémio AICA/MC/Millennium bcp
Ana Jotta
2014
Ao vigésimo segundo dia do mês de dezembro de dois mil e quinze, pelas catorze horas e trinta minutos, reuniu o júri do Prémio AICA/SEC/Millennium bcp 2014 na Sociedade Nacional de Belas Artes em Lisboa. Composto por Bruno Marchand, Catarina Rosendo, Luís Santiago Baptista e Susana Ventura e presidido por Sérgio Fazenda Rodrigues, o júri decidiu por unanimidade, após debate sobre critérios e metodologia, atribuir o prémio de Artes Visuais à artista Ana Jotta.
A atribuição do prémio foi fundamentada nos seguintes termos: “O júri para as Artes Visuais deliberou atribuir o prémio AICA/SEC/Millennium bcp 2014 a Ana Jotta pela exposição “A Conclusão da Precedente”, patente na Culturgest entre 15 de fevereiro e 11 de maio. O júri destaca a capacidade que a artista tem demonstrado, ao longo do seu percurso, de assumir riscos e de reinventar sucessivamente as coordenadas do seu trabalho, situação comprovada de forma inequívoca nesta ocasião”.
in acta de reunião de júri do Prémio AICA/SEC/Millennium bcp
Alexandre Estrela
2013
Ao vigésimo segundo dia do mês de janeiro de dois mil e quinze, pelas catorze horas, reuniu o júri do Prémio AICA/SEC/Millennium bcp 2013 na Sociedade Nacional de Belas Artes em Lisboa. Composto por Ana Tostões, Bruno Marchand, Helena de Freitas e Luís Santiago Baptista e presidido por João Silvério, o júri decidiu por unanimidade, atribuir o Prémio AICA/SEC/Millennium bcp 2013 de Artes Visuais ao artista Alexandre Estrela.
A atribuição do prémio ao artista Alexandre Estrela foi fundamentada nos seguintes termos: “Com a exposição «Meio Concreto», realizada no Museu de Arte Contemporânea de Serralves entre 29 de junho e 29 de setembro de 2013, confirmou-se a vitalidade e a relevância do trabalho que Alexandre Estrela (Lisboa, 1971) tem vindo a desenvolver nas últimas décadas. Recorrendo sobretudo à imagem projetada e ao som, mas também a suportes e estruturas de carácter escultórico, as peças apresentadas nesta exposição colocaram o visitante no centro de uma experiência que aliou, de forma irrepreensível, um olhar crítico sobre os dispositivos museográficos e uma sofisticada reflexão sobre o estatuto da imagem, sobre o fenómeno percetivo e sobre as suas possíveis somatizações. À apresentação deste conjunto de obras, produzidas entre 2007 e 2012, juntou-se um catálogo cuja singularidade soube ampliar e multiplicar os objetivos da exposição, constituindo-se como um documento decisivo para um mais completo conhecimento do universo autoral de Alexandre Estrela.”
in acta de reunião de júri do Prémio AICA/MC/Millennium bcp
Julião Sarmento
2012
Ao oitavo dia do mês de outubro de dois mil e catorze, pelas onze horas, reuniu o Júri do Prémio AICA/SEC/Millennium BCP 2012 na Sociedade Nacional de Belas Artes em Lisboa. Composto por Helena de Freitas, Nuno Grande, Sérgio Mah e Michel Toussaint e presidido por Sara Antónia Matos, o júri decidiu por unanimidade, após debate sobre critérios e metodologia, atribuir o Prémio AICA/SEC/Millennium BCP 2012 de Artes Visuais ao artista Julião Sarmento. A atribuição do prémio a Julião Sarmento foi fundamentada nos seguintes termos: “Julião Sarmento é uma das figuras mais relevantes da Arte Portuguesa desde os anos de 1970, momento em que inicia um percurso de internacionalização que mantém até hoje com intensidade e amplo reconhecimento. Artista em permanente estado de experimentação em diversos suportes (pintura, desenho, fotografia, performance, escultura, instalação, filme), a sua obra distingue-se também pela proliferação de inúmeras referências com origem na literatura e na filosofia, na arte e na arquitetura, na música e no cinema, enquanto territórios de imagens, narrativas e mitologias da sua época. E nessa pluralidade e abertura experimental, Julião Sarmento tem sabido afirmar uma linha de coerência e de identidade, factos plenamente confirmados na exposição organizada pela Fundação de Serralves, em 2012. O júri também reconhece e valoriza o papel catalisador e estimulante na relação que sabe estabelecer e manter com as novas gerações de artistas e de curadores, sensíveis aos valores da mobilidade e da eficácia de um percurso marcado pela energia e pelo risco.” O Prémio AICA/SEC/Millennium BCP 2012 de Arquitetura foi atribuído ao arquiteto José Adrião. Na ata da reunião, a opção da atribuição do prémio a José Adrião foi justificada da seguinte forma: “Na sua intervenção sobre lugares preexistentes, a obra de José Adrião tem sabido afirmar, com descrição, a sua condição contemporânea em diálogo com as memórias materiais e imateriais precedentes, relacionando paisagem, cidade e edifício. Nesse âmbito, diverge das práticas comuns da Reabilitação Urbana e Arquitetónica, que hoje percorrem a retórica política e a promoção imobiliária nas principais cidades portuguesas, as quais têm conduzido a excessivas “gentrificações” turísticas dos centros históricos. Os edifícios de habitação em Lisboa, reabilitados por José Adrião, em bairros como Campo de Ourique, Lapa e Baixa Pombalina – tendo este último obtido o Prémio Vilalva 2011 – demonstram essa capacidade de transformar os espaços, sem obliterar as características mais nobres, ou até as mais comuns, ali sedimentadas pelo tempo. Neste sentido, o Júri do Prémio AICA 2012 deliberou, por unanimidade, atribuir o Prémio de Arquitetura a José Adrião.”
in acta de reunião de júri do Prémio AICA/MC/Millennium bcp
João Queiroz
2011
Aos dezanove dias do mês de dezembro de dois mil e doze, pelas onze horas, reuniu o júri do Prémio AICA/SEC/Millennium BCP 2011 na Sociedade Nacional de Belas Artes em Lisboa. Composto por Raquel Henriques da Silva, Sérgio Mah, Diogo Seixas Lopes, Jorge Figueira e presidido por Delfim Sardo, o júri decidiu por unanimidade, após debate sobre critérios e metodologia, atribuir o Prémio AICA/SEC/Millennium BCP 2011 de Artes Visuais ao artista João Queiroz.
Para o júri, a exposição antológica de João Queiroz, "Silvae", realizada na Culturgest, foi a plena confirmação de um dos percursos mais singulares e consistentes do panorama da arte contemporânea portuguesa das últimas duas décadas.
Através do desenho e da pintura, João Queiroz tem desenvolvido uma complexa, mas muito necessária, investigação sobre a pintura e o desenho como campos de experiência sensível da perceção e do conhecimento. Por entre o exercício da visão, do corpo e do intelecto, a obra de João Queiroz explora a relação do sujeito com as coisas, com os sentidos e os gestos, afirmando o desenho e a pintura como modos únicos e insubstituíveis de experienciar, ver e pensar.
in acta de reunião de júri do Prémio AICA/MC/Millennium bcp
Lourdes Castro
2010
No dia 21 de março de 2011, reuniu-se o Júri para a atribuição dos Prémios AICA/Ministério da Cultura (Artes Plásticas e Arquitectura) relativos a 2010. O Júri, constituído por Manuel Graça Dias, Presidente da SP/AICA, que presidiu, por Leonor Nazaré, Vice Presidente da SP/AICA, que secretariou, e pelos críticos Ana Vaz Milheiro (arquitectura), e Lúcia Marques e Paulo Pires do Vale (artes visuais), decidiu, por unanimidade, atribuir o Prémio Artes Visuais à artista plástica Lourdes Castro (Funchal, 1930).
O Júri considerou definitiva, para a atribuição deste Prémio, a exposição antológica, "À luz da sombra", realizada no Museu de Serralves em 2010, na qual as grandes qualidades de invenção plástica a partir de valores inefáveis como as linhas, as sombras ou a leveza, de referências como o espaço intimista e o universo relacional e da componente performativa associada ao teatro de sombras, de uma artista que se torna visível para a crítica portuguesa a partir dos anos de 1960, ficaram particularmente sublinhados na sua expressividade e eficácia. Feita de cumplicidades, também estéticas, com Manuel Zimbro (1944-2003), com quem partilhou um projecto de vida e de obra, a exposição constituiu um expoente significativo da forma simples e autêntica com que Lourdes Castro transfigura os gestos do quotidiano.
No final dos anos de 1950 Lourdes Castro partiu para Munique e depois para Paris onde fundou, com René Bertholo, a revista KWY. A produção de objetos em _assemblage_, na década de 1960 e a posterior utilização de plexiglas na fixação de silhuetas e no jogo com as transparências tornam-se procedimentos determinantes do seu percurso artístico. As sombras serão também projetadas em lençóis bordados e num grande Herbário de Sombras, a par dos projetos de encenação.
"Pelas Sombras", filme realizado por Cataria Mourão (1997, Ed. DVD Midas Filmes: 2010), exibido no contexto da exposição de Serralves, documenta e sobreleva, da artista, uma relação sempre íntima e exaltada entre a arte a vida.
in acta de reunião de júri do Prémio AICA/MC/Millennium bcp
Paulo Nozolino
2009
O Júri, constituído por Manuel Graça Dias, Leonor Nazaré e por Celso Martins, Nuno Grande e Diogo Seixas Lopes atribuiu o Prémio AICA/Ministério da Cultura 2009 (Artes Visuais) ao fotógrafo Paulo Nozolino (n. 1955).
Paulo Nozolino é considerado um dos maiores fotógrafos da actualidade e a sua obra está representada em vários museus e coleções privadas, tendo recebido, entre outros, o Prémio Kodak (1988) e o Prix Fondation Leica (1989). O júri sublinhou que “a assunção autoral do olhar fotográfico é, no seu caso, afirmada com uma forte expressão e particular engenho compositivo”.
No ano de 2009 a sua exposição "Bone Lonely", realizada na Galeria Quadrado Azul, em Lisboa, esteve também presente nos Rencontres d’Arles e deu origem à edição de um livro com o mesmo nome. Em Arles, Nozolino expôs também “Far Cry”, vídeo referente aos trabalhos mostrados em Serralves em 2005.
in acta de reunião de júri do Prémio AICA/MC/Millennium bcp
Rui Sanches
2008
No dia 17 de março de 2009 reuniu-se o júri para a atribuição dos Prémios AICA/Ministério da Cultura (Artes Plásticas e Arquitectura) relativos a 2008. O júri, constituído por Manuel Graça Dias, que presidiu, por Leonor Nazaré, que secretariou, e por João Pinharanda, Ana Vaz Milheiro e José Manuel Fernandes, deliberou o seguinte:
PRÉMIO AICA/MC 2008 – ARTES PLÁSTICAS
O Prémio AICA/Ministério da Cultura 2008 (Artes Plásticas) foi atribuído ao escultor Rui Sanches (n. 1954). Rui Sanches é autor de uma das obras que de modo mais forte marcaram a conjuntura artística portuguesa dos anos de 1980.
O seu trabalho, extremamente reconhecível mas alterando e desafiando em permanência os seus próprios limites, lida com referências clássicas e construtivistas que gere de modo erudito e inovador. A experimentação e a procura inquieta conduziram-no aos trabalhos de referência aparentemente paisagística que realiza a partir de 1992, recorrendo ao princípio da estratificação. A madeira, o vidro e o metal são os materiais mais frequentes nas suas esculturas. O desenho é também um território essencial na sua investigação visual.
No ano de 2008 realizou três notáveis exposições em relação às quais se poderia sublinhar uma particular capacidade de diálogo com os espaços arquitectónicos: "Museum", no Museu Nacional de Arte Antiga, com a criação de um diálogo muito particular com a colecção e com as salas do edifício do MNAA; uma segunda, na Galeria Fernando Santos, no Porto, extensão e retoma de alguns aspetos desse trabalho; e uma terceira, no Convento de Santo António, em Loulé, no contexto da operação de promoção turística _Allgarve_, com uma dimensão expositiva na nave da igreja complementada com uma instalação _site specific_ nas salas em torno do claustro.
in acta de reunião de júri do Prémio AICA/MC/Millennium bcp
José Pedro Croft
2007
No dia 29 de abril de 2008, reuniu-se o júri para a atribuição do Prémio AICA 2007. Constituído por Rui Mário Gonçalves, Leonor Nazaré, João Pinharanda, Nuno Crespo, Ana Tostões, Michel Toussaint e Ricardo Carvalho, deliberou o seguinte:
PRÉMIO AICA 2007 – ARTES PLÁSTICAS
O Prémio AICA 2007 para artista visual foi atribuído a José Pedro Croft por uma obra desenvolvida ao longo de cerca de 25 anos nas áreas da escultura, do desenho e da gravura. Uma reflexão permanente sobre o discurso escultórico e o recurso a materiais como a pedra, o gesso e a madeira, ou mais recentemente grandes espelhos e estruturas metálicas têm determinado a criação de trabalhos que desafiam fortemente a iniciativa do observador e que refletem no seu interior os espaços envolventes.
Paisagem Interior, uma intervenção no hall do Museu Gulbenkian de abril a julho de 2007, incluída nas comemorações do 50.º aniversário da Fundação, é apenas um dos momentos fortes desse ano que avalizam a atribuição deste prémio.
in acta de reunião de júri do Prémio AICA/MC/Millennium bcp
Jorge Molder
2006
Aos 13 de fevereiro de 2007, entre as 18h30 e as 20h, realizou-se nas instalações da Sociedade Nacional de Belas-Artes, sita na Rua Barata Salgueiro, n.º 36, em Lisboa, a reunião do Júri do Prémio AICA-MC 2006, composto por críticos de arte e críticos de arquitectura associados. Estiveram presentes, nessa condição, João Pinharanda (que presidiu), Rui Mário Gonçalves, Nuno Crespo, Ana Tostões e Ricardo Carvalho.
Deu-se início à reunião com o balanço das principais exposições antológicas de artistas e arquitectos portugueses e com o balanço de obras edificadas e em utilização plena no período considerado. Foram igualmente analisados os percursos criativos dos respectivos autores. Depois deste período de trabalho e reflexão o júri atribuiu, por unanimidade, o Prémio de Artes Visuais a Jorge Molder. Com ele, o prémio recai, pela primeira vez sobre um artista que trabalha em exclusivo o médium fotográfico e um dos que mais contribuiu para importância alcançada por esse meio de expressão no contexto atual. A sua coerência programática e conceptual ficou bem patente na sucessão de exposições de 2006 (CGAC, Santiago de Compostela; Fundación Telefónica, Madrid, CAV, Coimbra e Cinemateca Nacional, Lisboa).
in acta de reunião de júri do Prémio AICA/MC/Millennium bcp
Pedro Calapez
2005
Aos 20 de fevereiro de 2006, entre as 19h30 e as 20h30, realizou-se nas instalações da Sociedade Nacional de Belas-Artes, sita na Rua Barata Salgueiro, n.º 36, em Lisboa, a reunião do júri do Prémio AICA-MC 2005, composto por críticos de arte e por críticos de arquitectura. Estiveram presentes, nessa condição, Rui Mário Gonçalves (que presidiu), João Pinharanda, Ana Tostões, Leonor Nazaré, Michel Toussaint e Lúcia Marques.
Deu-se início à reunião com um balanço das principais exposições antológicas de artistas e arquitectos portugueses que, numa perspectiva nacional e internacional, marcaram o ano de 2005, considerando-se também os respectivos percursos criativos em foco, tendo o Júri indigitado por unanimidade a atribuição do Prémio de Artes Visuais a Pedro Calapez, pela coerência e vitalidade da sua pesquisa nos domínios da cor e do espaço, num cruzamento profícuo do desenho, da gravura, da pintura e da escultura, destacando-se as recentes exposições antológicas: “Pedro Calapez – Obras Escolhidas 1992-2004”, que realizou no Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian (curadoria de Helena de Freitas e João Miguel Fernandes Jorge); e “Piso Zero”, no Centro Galego de Arte Contemporânea de Santiago de Compostela. É ainda de referir, também pela relativa ao ano de 2005, a atribuição a Calapez do Prémio Nacional de Arte Gráfico, em Madrid, pela Calcografia Nacional de Espanha.
in acta de reunião de júri do Prémio AICA/MC/Millennium bcp
Helena Almeida
2004
O júri do Prémio AICA/MC referente ao ano de 2004 reuniu no dia 25 de janeiro na sede da Sociedade Nacional de Belas-Artes, em Lisboa tendo atribuído por unanimidade, respetivamente a Ruy Jervis d’Athouguia e Helena Almeida, os prémios referentes às modalidades de Arquitectura e de Artes Plásticas.
O Prémio de Artes Plásticas foi atribuído a Helena Almeida a propósito da retrospetiva “Helena Almeida: pés na terra, cabeça no céu”, que teve lugar no Centro Cultural de Belém, Lisboa. O júri destacou a profunda capacidade de renovação das linguagens plásticas que a artista tem demonstrado, ao longo de quatro décadas de trabalho nas fronteiras do desenho, pintura, escultura e fotografia, e ainda a dimensão de reconhecimento internacional do seu trabalho.
in acta de reunião de júri do Prémio AICA/MC/Millennium bcp
Noronha da Costa
2003
O júri do Prémio AICA/MC referente ao ano de 2003 reuniu no dia 4 de fevereiro na sede da Sociedade Nacional de Belas-Artes, em Lisboa tendo atribuído por unanimidade, respetivamente a António Belém Lima e Luís Noronha da Costa, os prémios referentes às modalidades de Arquitectura e de Artes Plásticas.
O júri, constituído por Ana Vaz Milheiro, José Manuel Fernandes, Rui Mário Gonçalves, João Pinharanda e Leonor Nazaré valorizou, relativamente a Noronha da Costa, e a pretexto da recente retrospetiva do Centro Cultural de Belém, em Lisboa, a singularidade histórica de uma obra que, desenvolvendo meios de investigação pioneiros e cruzando fronteiras de diferentes disciplinas, criou em simultâneo um raro discurso sobre a arte e sobre a identidade cultural.
in acta de reunião de júri do Prémio AICA/MC/Millennium bcp
Jorge Pinheiro
2002
No dia vinte e três de janeiro de dois mil e três, às dezoito horas, reuniu-se na Sociedade Nacional de Belas-Artes, o júri de atribuição do Prémio AICA-MC-2002, constituído pelos críticos de arte, Carlos dos Santos Duarte, João Rocha de Sousa, Luísa Soares de Oliveira, Manuel Graça Dias e Rui Mário Gonçalves.
O júri decidiu, por unanimidade, atribuir o Prémio de Artes Plásticas ao Pintor Jorge Pinheiro, tomando como pretexto a retrospetiva realizada no Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão, onde se pôde verificar os rigores de uma prática pictural e objectual, tanto nas concepções abstractas como figurativas, sempre com uma notável coerência estética. Além da sua extensa obra, o Pintor Jorge Pinheiro tem cumprido uma atividade pedagógica notável.
in acta de reunião de júri do Prémio AICA/MC/Millennium bcp
Fernando Calhau
2001
Aos vinte e cinco dias do mês de janeiro de 2002, na sede da Sociedade Nacional de Belas-Artes, na rua Barata Salgueiro, número 56 em Lisboa, pelas dezassete e trinta, reuniu o júri para atribuir os Prémios AICA-MC relativos ao ano de 2001, constituído pelos críticos de arte Dr. Rui Mário Gonçalves, que presidiu, arquitecto Carlos Duarte, Dr. João Pinharanda, arquitecta Ana Tostões e Dra. Luísa Soares Oliveira, todos membros da A.I.C.A.
Após consideração das diversas hipóteses, o júri decidiu, por unanimidade, atribuir o Prémio de Pintura a Fernando Calhau, a propósito da retrospectiva realizada no Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão, salientando a sua coerência estilística situável nos domínios da investigação minimal e conceptual.
in acta de reunião de júri do Prémio AICA/MC/Millennium bcp
Marcelino Vespeira
2000
Aos dezasseis dias do mês de março de dois mil e um, pelas 17 horas, reuniu na sede da Sociedade Nacional de Belas-Artes, em Lisboa, o júri dos 20ºs prémios anuais da Association Internationale des Critiques d’Art – Secção Portuguesa, ditos “Prémios AICA-Ministério da Cultura”, relativos a Arquitectura e Artes Plásticas, Júri constituído por José-Augusto França, que presidiu, Fernando de Azevedo (em delegação do Presidente da Secção Portuguesa da AICA, Rui Mário Gonçalves), Fernando Pernes (consultado por telefone, por impossibilidade de se deslocar do Porto), Carlos Duarte e Nuno Portas – de modo a reconstituir o júri dos primeiros prémios atribuídos ao ano de 1981, conforme desejo manifestado por José-Augusto França que assim se retira da presidência deste júri, na data que fixara, de 2000.
O Prémio relativo a Artes Plásticas foi atribuído, por unanimidade, ao pintor Marcelino Vespeira, a propósito da grande exposição retrospetiva realizada no Museu do Chiado em 2000, considerando a importância do conjunto da sua obra desenvolvida com coerência e grande originalidade, desde fins dos anos 40, e também breves exposições que tiveram lugar já nos anos 90, mostrando obras então produzidas.
in acta de reunião de júri do Prémio AICA/MC/Millennium bcp
Pedro Cabrita Reis
1999
Aos vinte e sete dias do mês de Mmrço do ano dois mil, reuniu o júri para a atribuição do Prémio da Associação Internacional dos Críticos de Arte - Ministério da Cultura 1999, (Artes Plásticas e Arquitectura), constituído por Fernando Pernes, ouvido por telefone, Carlos Duarte, José Manuel Fernandes, Rui Mário Gonçalves e José-Augusto França, que presidiu.
Foi decidido por unanimidade atribuir o Prémio de Artes Plásticas a Pedro Cabrita Reis, a propósito da exposição realizada no Museu Nacional de Arte Moderna, da Fundação Serralves, Porto. Pintor e Escultor, Pedro Cabrita Reis tem-se notabilizado pela realização de obras e propostas conceptuais capazes de redefinir as modalidades indicadas. Mais recentemente, Pedro Cabrita Reis tem-se notabilizado também, a nível internacional, pelas suas instalações, nomeadamente as que apresentou no citado Museu.
in acta de reunião de júri do Prémio AICA/MC/Millennium bcp
René Bertholo
1998
Aos vinte e dois dias do mês de fevereiro de mil e novecentos e noventa e nove, reuniu o júri para a atribuição do Prémio da Associação Internacional dos Críticos de Arte -Ministério da Cultura 1998, (Artes Plásticas e Arquitectura), constituído por Fernando de Azevedo, Manuel Graça Dias, José Manuel Fernandes, Rui Mário Gonçalves e José-Augusto França, que presidiu.
Foi decidido por unanimidade atribuir o Prémio de Artes Plásticas a René Bertholo, a propósito das exposições realizadas no ano transacto na Galeria Fernando Santos, no Porto, e no Centro Cultural da Gandarinha em Cascais. O Pintor René Bértholo tem realizado uma obra coerente tornada pública desde 1954, realizada e exposta principalmente em Portugal e Paris. Nesta cidade, cedo se notabilizou entre os proponentes internacionais da Nova Figuração, manifestando um original sentido de humor em pinturas e objetos. Esse humor surge no absurdo temático, no desenho fingidamente canhestro e, mais recentemente, como se demonstrou nas últimas exposições citadas, num cromatismo correspondente.
in acta de reunião de júri do Prémio AICA/MC/Millennium bcp
Paula Rego
1997
Em 27 de abril de 1998 reuniu o júri para a atribuição do Prémio AICA-Ministério da Cultura 1997, (Arquitectura e Artes Plásticas), constituído por Margarida Acciaiuoli, Sílvia Chicó, Manuel Graça Dias, José Lamas e José-Augusto França, que presidiu.
Foi decidido por unanimidade atribuir o Prémio de Artes Plásticas a Paula Rego, a propósito da exposição retrospetiva realizada no Centro Cultural de Belém em Lisboa, que para além de um assinalável acontecimento artístico de invulgar êxito público vem reafirmar a enorme qualidade há muito manifestada no percurso desta artista que desde os anos sessenta tem vindo a marcar de forma ímpar e original o panorama da arte portuguesa no contexto internacional.
in acta de reunião de júri do Prémio AICA/MC/Millennium bcp
José António Barrias
1996
A 4 de março de 1997, na sede da Sociedade Nacional de Belas Artes, pelas 18:30 horas, reuniu o júri do Prémio AICA-Ministério da Cultura 1996, tendo o mesmo sido constituído pelos seguintes críticos: José-Augusto França (Presidente de Honra da Association Internationale des Critiques d’Art, AICA), José Lamas, José Manuel Fernandes, Rui Mário Gonçalves e Cristina Azevedo Tavares.
Deliberou-se por unanimidade atribuir o prémio de Artes Plásticas ao Pintor José Barrias a propósito da sua exposição “José Barrias, etc.”, no Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian, onde se apresentavam obras desde 1972, que exprimem uma coerência assumida dentro de um discurso neoconceptual, onde as dimensões da poesia e o neodadaísmo se cruzam provocando uma desejada renovação.
in acta de reunião de júri do Prémio AICA/MC/Millennium bcp
Ricardo da Cruz-Filipe
1995
A 15 de março de 1996, reuniu o júri do Prémio AICA-Ministério da Cultura 1995, tendo o mesmo sido constituído pelos seguintes críticos: José-Augusto França (Presidente de Honra da Secção Portuguesa da AICA), Carlos Duarte, Pedro Vieira de Almeida, Fernando de Azevedo e Sílvia Chicó (Presidente da Secção Portuguesa).
Deliberou-se atribuir o prémio de Artes Plásticas ao Pintor Ricardo da Cruz-Filipe a propósito da sua exposição retrospectiva na Culturgest em que se manifestava uma excelente qualidade poética, originalidade e sentido profissional, a par da manifesta consciência do espaço arquitetónico em que a musicalidade do silêncio se revelava, constituindo esta característica um dos interesses maiores da sua obra.
in acta de reunião de júri do Prémio AICA/MC/Millennium bcp
Júlio Pomar
1994
Realizou-se e 11 de julho de 1995 na Sociedade Nacional de Belas Artes em Lisboa, o júri de atribuição dos Prémios AICA-SEC 1994.
Os trabalhos deste júri foram dirigidos pelo Presidente de Honra da Secção Portuguesa da AICA, Professor José-Augusto França e contaram com a participação de Nuno Portas, Fernando de Azevedo, Manuel Graça Dias e Sílvia Chicó.
O júri atribuiu o prémio de Artes Plásticas por unanimidade ao Pintor Júlio Pomar, pela exposição realizada na Culturgest (Caixa Geral de Depósitos) no ano de 1994, na qual a pintura surge como expressão de maturidade de uma obra históricamente importante e ao mesmo tempo, com uma surpreendente espontaneidade.
in acta de reunião de júri do Prémio AICA/MC/Millennium bcp
João Cutileiro
1993
No dia 16 de março de 1994 reuniu-se o Júri do Prémio A.I.C.A.-S.E.C. 1993, constituído pelos críticos José-Augusto França, que presidiu, Fernando de Azevedo Sílvia Tavares Chicó, Carlos Duarte e Pedro Vieira de Almeida.
O júri decidiu, por unanimidade, atribuir o Prémio de Artes Plásticas ao Escultor João Cutileiro, artista de quem foi apresentada no Algarve, em 1993, uma significativa exposição da obra inovadora, comemorando os vinte anos da escultura “D. Sebastião” erigida na cidade de Lagos em 1973, a qual constitui a referência essencial de uma importante viragem na estatuária nacional e que o júri considera continuar a ser qualificado exemplo de dignificação da arte pública e monumental.
in acta de reunião de júri do Prémio AICA/MC/Millennium bcp
José de Guimarães
1992
No dia 25 de março de 1993, reuniu-se o júri do Prémio A.I.C.A.-S.E.C. 1992, constituído pelos críticos José-Augusto França que presidiu, Fernando de Azevedo, Pedro Vieira de Almeida, Nuno Portas, e Fernando Pernes.
Por unanimidade, foi decidido atribuir o Prémio de Artes Plásticas ao Pintor José de Guimarães pelas exposições retrospectivas da sua obra de 1962 a 1992, realizadas no Centro de Arte Moderna/F.C.G. e na Casa de Serralves de março a setembro, e pelas exposições: "de obra gravada" apresentada em Abril no Palácio Galveias da Câmara Municipal de Lisboa, e “Por Mares Nunca Dantes Navegados” realizada no Palácio Nacional de Sintra em junho-setembro, que comprovaram a qualidade de uma imaginação poética expressivamente criada num discurso plástico original e sempre renovado em coerente encadeamento de fases, ao longo de trinta anos.
in acta de reunião de júri do Prémio AICA/MC/Millennium bcp
Ana Vieira
1991
A 30 de janeiro de 1992, reuniu o júri do Prémio AICA-SEC 1991, constituído por José-Augusto França que presidiu, Fernando de Azevedo, Carlos Duarte, Pedro Vieira de Almeida e Sílvia Chicó.
Por unanimidade foi decidido atribuir o Prémio de Artes Plásticas à Pintora Ana Vieira, pela sua exposição “Diário de Cinco Dias”, realizada em 1991 no Centro Nacional de Cultura, tendo em consideração a continuidade de uma pesquisa que particularmente contempla a construção e desconstrução da espacialidade, organizando um discurso pictórico despojado, e criador de temporalidades.
in acta de reunião de júri do Prémio AICA/MC/Millennium bcp
Nikias Skapinakis
1990
No dia 21 de janeiro de 1991, reuniu-se na Sociedade Nacional de Belas Artes o júri do Prémio AICA-SEC, presidido por José-Augusto França, e com a participação de Fernando de Azevedo, Nuno Portas, Pedro Vieira de Almeida e Rui Mário Gonçalves, que secretariou.
O júri decidiu por unanimidade indigitar Nikias Skapinakis, em Artes Plásticas, tendo em atenção a exposição realizada na SNBA no ano de 1990, em que se reconhece uma atitude de renovação inserida numa obra extensa, toda ela constituída por fases diferenciadas e inventivas que, no seu conjunto, manifesta uma unidade extremamente rica e personalizada, sempre acompanhada por um intervencionismo cívico e crítico.
in acta de reunião de júri do Prémio AICA/MC/Millennium bcp
Malangatana
1989
No dia 12 de fevereiro de 1990, reuniu-se na Sociedade Nacional de Belas Ates o júri do Prémio AICA-SEC 1989, sob a presidência de José-Augusto França e a presença de Fernando de Azevedo, Pedro Vieira de Almeida, Rui Mário Gonçalves e Nuno Portas.
Considerando em primeiro lugar o domínio das Artes Plásticas, o júri indigitou o Pintor Malangatana Ngwenya Valente, referindo a exposição retrospectiva que teve lugar na Sociedade Nacional de Belas Artes, em outubro/novembro de 1989. O júri atendeu à qualidade actual profunda da obra do Pintor, manifestada ao longo de muitos anos integrando valores estéticos originários num discurso expressionista pessoal, e considerando que a sua nacionalidade moçambicana, pelas relações culturais específicas que propõe, não deve, neste caso excecional, constituir obstáculo à sua eleição para um prémio português.
in acta de reunião de júri do Prémio AICA/MC/Millennium bcp
Jorge Martins
1988
No dia 13 de janeiro de 1989, reuniu-se na Sociedade Nacional de Belas Artes o júri do Prémio AICA-SEC, constituído pelos críticos José-Augusto França, que presidiu, Fernando de Azevedo, Carlos Duarte, Pedro Vieira de Almeida e Rui Mário Gonçalves, que secretariou.
Consideradas várias possibilidades, o júri votou por unanimidade no Pintor Jorge Martins, autor de uma obra pictórica sensível que vem realizando há cerca de trinta anos. O júri salientou também o mérito como desenhador, demonstrado na retrospetiva realizada na Fundação Gulbenkian e nas ilustrações para o livro “Mensagem” de Fernando Pessoa.
in acta de reunião de júri do Prémio AICA/MC/Millennium bcp
Álvaro Lapa
1987
No dia 23 de janeiro de 1988, pelas 18h, reuniu-se na Sociedade Nacional de Belas Artes o júri do Prémio AICA-SEC, constituído pelos críticos José-Augusto França, que presidiu, Sílvia Tavares Chicó, Carlos Duarte, Fernando de Azevedo e Rui Mário Gonçalves, que secretariou.
Considerando o ano de 1987, o júri decidiu por unanimidade indigitar o Pintor Álvaro Lapa para Prémio de Artes Plásticas devido à singularidade da sua obra e posição poética, que coerentemente torna pública desde há mais de vinte anos; a presença de Álvaro Lapa no ano de 1987 verificou-se nas galerias Emi e Arcada, e ainda na Homenagem a Amadeo de Souza-Cardoso, na Casa de Serralves.
in acta de reunião de júri do Prémio AICA/MC/Millennium bcp
António Sena
1986
No dia dezasseis de janeiro de mil novecentos e oitenta e sete, reuniu-se na Sociedade Nacional de Belas Artes o júri de premiação, constituído pelos críticos José-Augusto França, que presidiu, Carlos Duarte, Sílvia Chico, Fernando de Azevedo e Rui Mário Gonçalves.
No sector de Artes Plásticas, o júri decide indigitar o Pintor António Sena, que este ano marcou presença notável em exposições coletivas, e que revelou um aprofundamento da sua poética, onde a escrita linear está assumindo valores picturais e texturais, na sequência coerente de uma pesquisa estética iniciada há longos anos.
in acta de reunião de júri do Prémio AICA/MC/Millennium bcp
Alberto Carneiro
1985
o dia quinze de fevereiro de mil novecentos e oitenta e seis, reuniram-se os membros do júri da Secção Portuguesa da A.I.C.A., para atribuição do Prémio correspondente a 1985. O júri foi constituído pelos críticos José-Augusto França (Presidente), Fernando de Azevedo, Pedro Vieira de Almeida, Nuno Portas e Rui Mário Gonçalves.
Foi decidido por unanimidade designar para Prémio de Artes Plásticas o Escultor Alberto Carneiro, que há mais de vinte anos mantém uma presença marcante nos movimentos de vanguarda artística, quer como criador de formas através do trabalho em madeira, quer como interveniente no âmbito conceptual, nomeadamente o de cariz ecológico. A globalidade das suas obras e acções é notável pela expressividade e coerência. A sua exposição individual na Galeria EMI confirmou estas características, num conjunto de obras de grande pureza.
in acta de reunião de júri do Prémio AICA/MC/Millennium bcp
Júlio Resende
1984
No dia nove de janeiro de mil novecentos e oitenta e cinco, pelas dezanove horas, reuniu o júri de atribuição dos Prémios da Secção Portuguesa da A.I.C.A. – 1984, em Artes Plásticas e em Arquitectura.
O Júri foi constituído por José Augusto-França, Presidente de Honra da Secção Portuguesa da A.I.C.A., por Sílvia Chicó, Presidente da Secção Portuguesa, por Fernando de Azevedo, por Pedro Vieira de Almeida, e por Nuno Portas, este último votando por correspondência.
O Júri decidiu por unanimidade atribuir o Prémio de Artes Plásticas ao Pintor Júlio Resende. A justificar a atribuição, a qualidade que se reconheceu na exposição intitulada "Ribeira Negra", realizada em Maio de 1984, na Cooperativa Árvore-Cursos, na cidade do Porto, sob o tema a Ribeira do Porto, vasta decoração mural em que o Pintor manifestou a plena maturidade dos seus recursos artísticos, comprovada num curriculum sobejamente reconhecido.
in acta de reunião de júri do Prémio AICA/MC/Millennium bcp
António Dacosta
1983
No dia 13 de dezembro de 1983, pelas 20 horas, reuniu-se o júri de atribuição do Prémio AICA-1983. O júri foi constituído pelos críticos de arte Doutor José-Augusto França, que presidiu, pelos Arquitectos Carlos Duarte e Nuno Portas, pelo Pintor Fernando de Azevedo e por Rui Mário Gonçalves.
O prémio de artes plásticas foi atribuído por unanimidade ao Pintor António Dacosta, que expôs este ano individualmente na Galeria 111.
in acta de reunião de júri do Prémio AICA/MC/Millennium bcp
Joaquim Rodrigo
1982
Às vinte e duas horas do dia vinte e dois de dezembro de mil novecentos e oitenta e dois, na sede da S.N.B.A., em Lisboa, reuniu o júri de atribuição dos Prémios Nacionais da A.I.C.A. (Secção Portuguesa) em artes plásticas e em arquitectura, constituído por José Augusto França, presidente honorário da A.I.C.A., que presidiu, Rui Mário Gonçalves, Carlos Duarte, Pedro Vieira de Almeida, membros da associação, e, em representação de Fernando Pernes, presidente em exercício da AICA, Fernando de Azevedo que comprovou essa qualidade.
Aberta a sessão, usaram sucessivamente da palavra: Fernando de Azevedo e Rui Mário Gonçalves que propuseram como candidato ao prémio de artes plásticas Joaquim Rodrigo. Carlos Duarte e Pedro Vieira de Almeida deram o seu acordo e outro tanto fez José Augusto França, atribuindo-se assim, por unanimidade, o prémio ao pintor Joaquim Rodrigo pela exposição realizada em outubro do corrente ano na Galeria Quadrum em Lisboa, considerando além da qualidade da referida exposição, o significado da obra passada do artista e ainda a publicação simultânea do livro “O Complementarismo em Pintura”, edição Livros Horizonte, que constitui valiosa reflexão teórica em concordância com a própria criação.
in acta de reunião de júri do Prémio AICA/MC/Millennium bcp
Costa Pinheiro
1981
O Júri constituído por José-Augusto França, presidente honorário da Secção Portuguesa da AICA, que presidiu, por Fernando Pernes, presidente em exercício da mesma associação, e por Fernando de Azevedo, Carlos Duarte e Nuno Portas, membros da associação, reuniu na sede da Sociedade Nacional de Belas-Artes, aos 5 de Junho de 1982, para atribuir os dois prémios de artes plásticas e de arquitectura, cada um deles na importância de cem mi escudos, postos à disposição da AICA para o efeito, pelo Ministério da Cultura em seu ofício de 25 de Maio de 1982.
Considerado primeiramente o Prémio de Artes Plásticas, a atribuir ao artista que tivesse apresentado uma obra ou conjunto de obras de especial interesse durante o ano de 1981, e considerando também curriculum anterior do mesmo artista, resolveu por unanimidade conceder o referido Prémio ao pintor Costa Pinheiro, pela sua exposição realizada na Fundação Gulbenkian em Junho/Julho de 1981, subordinada ao tema de Fernando Pessoa. A obra anterior deste artista justifica a actual escolha que recaiu sobre um conjunto de pinturas e desenhos de grande invenção plástica e densidade poética, na sequência duma visão mítica da cultura portuguesa que o artista há muito vem definindo.
in acta de reunião de júri do Prémio AICA/MC/Millennium bcp
Arquitectura
Cristina Guedes e Francisco Vieira de Campos
2023
Ao décimo oitavo dia do mês de abril de dois mil e vinte e quatro, pelas quinze horas e trinta minutos reuniu o júri do Prémio AICA/MC/Millennium bcp 2023. Composto por Ana Tostões, que presidiu, e por Ana Anacleto, João Belo Rodeia, Lígia Afonso e Susana Ventura, o júri, que reuniu no dia 18 de abril de 2024, decidiu por unanimidade atribuir o Prémio AICA/MC/Millennium bcp 2023 de Arquitetura à dupla Cristina Guedes e Francisco Vieira de Campos — Menos é Mais — pela obra de reabilitação do edifício da Companhia de Seguros “A Nacional” inserida num percurso de referência na cultura arquitetónica portuguesa.
A opção da atribuição do prémio de Arquitetura a Cristina Guedes e Francisco Vieira de Campos — Menos é Mais — foi justificada a partir da obra de reabilitação do edifício da Companhia de Seguros “A Nacional” - da inicial autoria do arquiteto portuense José Marques da Silva - pela subtileza das intervenções no edificado original, que poderão designar-se de “cirúrgicas”, possibilitando uma delicada adaptação de uso sem criação de dissonâncias, com especial atenção à invisibilidade das infraestruturas. Constitui, assim, um contributo exemplar no âmbito dos atuais debates em torno da reabilitação e reutilização do património arquitetónico e da sua integração na cidade.
Não obstante a singularidade desta obra, este prémio procura destacar, igualmente, o consistente trajeto disciplinar de grande rigor dos autores, inseparável de um conhecimento minucioso sobre a arte da construção.
Ricardo Carvalho
2022
Composto por Ana Tostões, que presidiu, e por Luísa Soares de Oliveira, Nuno Faria, Manuel Aires Mateus e João Belo Rodeia, o júri, que reuniu no dia 24 de abril de 2023, decidiu por unanimidade atribuir o Prémio AICA/MC/Millennium bcp 2022 de Arquitetura a Ricardo Carvalho (1971), pela sua exposição individual “Todas as Direções”, realizada com a curadoria de Bárbara Silva na Galeria NOTE, em Lisboa, em 2022.
A exposição realizada por Ricardo Carvalho em 2022, “Todas as Direções”, exemplar em precisão conceptual, coerência de conteúdos e pertinência disciplinar, sublima o trabalho de excelência que o arquiteto vem desenvolvendo desde o final da década de 1990 no quadro da arquitetura portuguesa contemporânea e abre-o, em simultâneo, a perspetivas vindouras. Na sequência da edição monográfica do ano anterior (Obra, Situação, Processo, ed. A+A) em que realiza um balanço da sua diversificada produção, a exposição de 2022 constitui o palimpsesto de um percurso polifónico de entrega total à arquitetura, entre pensamento e construção, projeto e pesquisa, divulgação e reflexão disciplinares, investigação académica e ensino de arquitetura, da casa à cidade e da cidade à casa. Como vem afirmando, gosta “de pensar que estamos completamente disponíveis para abrir uma investigação nova, para experimentar várias coisas em simultâneo” e revê-se nessa ideia “alquímica de uma conjugação inesperada de coisas” assumindo uma “forma de construir que não é predadora” e que é sobretudo “uma reflexão sobre a ideia de vida, como um fenómeno coletivo”.
Nuno Brandão Costa
2021
Ao sexto dia do mês de Abril de dois mil e vinte e dois, pelas vinte horas, reuniu o Júri do Prémio AICA/MC/Millennium bcp 2021 por videoconferência.
Composto por Luísa Soares de Oliveira, Paulo Pires do Vale, Inês Lobo e Rui Mendes, e presidido por Catarina Rosendo, o júri decidiu por unanimidade atribuir o Prémio AICA/MC/Millennium bcp 2021 de Arquitectura a Nuno Brandão Costa, pela obra do Terminal Intermodal de Campanhã, no Porto, cujos edifícios foram concluídos em 2021.
Nuno Brandão Costa concluiu em 2021 a parte referente aos edifícios do Terminal Intermodal de Campanhã, cujo concurso público havia vencido em 2017, encontrando-se os espaços exteriores em fase de finalização. A obra confirma o percurso de excelência do autor e constitui um marco assinalável na arquitectura portuguesa actual, pelo modo como privilegia os novos sistemas de mobilidade urbana e a consequente regeneração de uma área da cidade afectada, desde o século XIX, pela construção da estrutura ferroviária ainda existente e em funcionamento. Trata-se de um dos mais relevantes projectos públicos em curso no Porto, articulando de forma exemplar infra-estrutura, topografia e espaço público numa cidade que vai de novo ao encontro do território para a introdução dos sistemas naturais no seu desenho.
in acta de reunião de júri do Prémio AICA/MC/Millennium bcp
Atelier do Corvo
2020
Ao quinto dia do mês de fevereiro de dois mil e vinte e um, pelas dezassete horas reuniu o júri do Prémio AICA/MC/Millennium bcp 2020 por videoconferência. Composto por Luísa Soares de Oliveira, Ana Anacleto, Bárbara Silva e Pedro Baía, e presidido por Sandra Vieira Jürgens, o júri decidiu por unanimidade atribuir o Prémio AICA/MC/Millennium bcp 2020 de Arquitetura ao Atelier do Corvo.
Fundado em 1996 por Carlos Antunes (Coimbra, 1969) e Désirée Pedro (Porto Amélia, Moçambique, 1970), assinalando a sua prática singular no campo partilhado entre a arquitetura e as artes plásticas. Um campo onde, muitas vezes, procuram refletir e estruturar o pensamento sobre a noção de espaço e a sua relação com o indivíduo e com a experiência estética.
O percurso de Carlos Antunes e Désirée Pedro, marcado pela direção e programação artística no Círculo de Artes Plásticas de Coimbra e na Bienal de Arte Contemporânea de Coimbra, reflete um questionamento constante em torno da cidade e o território, num confronto produtivo entre a arquitetura, as artes, a cultura e o património. Em 2020, num ano marcado pela pandemia, o Atelier do Corvo destacou-se pela sua capacidade de resistência e urgência experimental. A partir de Miranda do Corvo, “num ato simbólico contra o desânimo e a letargia”, abriram as portas do seu atelier com o lançamento do projeto «Senso. Galeria efémera para dias de clausura», onde expuseram obras de arquitetura e de artistas convidados. Um projeto essencial para que a arquitetura seja divulgada ao público, e entendida como uma disciplina que pode, e deve, ser mostrada não apenas através de obras construídas, mas também de pensamentos, reflexões e relações com outros campos disciplinares onde sempre está inserida. No mesmo ano de 2020, concluíram a obra das Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus em Condeixa, com a remodelação e ampliação do edifício Bento Menni e a construção do novo edifício administrativo, num projeto que afirma e consolida o reconhecimento da sua prática projetual.
in acta de reunião de júri do Prémio AICA/MC/Millennium bcp
[**Discurso de Désirée Pedro e Carlos Antunes - Atelier do Corvo**](/uploads/Discurso_Atelier_do_Corvo_Premio_Arquitetura_2020_3d3677b4b3.pdf?updated_at=2022-10-18T20:43:47.367Z)
Bartolomeu Costa Cabral
2019
Ao nono dia do mês de janeiro de dois mil e vinte, reuniu o júri do Prémio AICA/MC/Millennium bcp 2019 na Sala Pardal Monteiro da Ordem dos Arquitectos em Lisboa.
Composto por Sandra Vieira Jürgens, Nuno Faria, Rui Mendes e Pedro Baía e presidido por Ana Tostões, o júri decidiu atribuir o prémio de Arquitectura a Bartolomeu Costa Cabral, assinalando uma obra fortemente marcada por uma atitude ética e por uma postura contracorrente baseada no trabalho sobre uma materialidade simultaneamente disciplinar e poética. Com mais de seis décadas, o percurso profissional singular de Bartolomeu Costa Cabral foi afirmado em 2019 pela exposição retrospetiva apresentada em Tomar, no Convento de Cristo, com o título «A Ética das Coisas», e pelo acolhimento do seu espólio na Fundação Marques da Silva.
in acta de reunião de júri do Prémio AICA/MC/Millennium bcp
Ricardo Bak Gordon
2018
Ao décimo primeiro dia do mês de julho de dois mil e dezanove, reuniu o júri do Prémio AICA/MC/Millennium bcp 2018 na Sociedade Nacional de Belas Artes em Lisboa.
Composto por Celso Martins, Paulo Tormenta Pinto, Rui Mendes e Luísa Soares de Oliveira e presidido interinamente pelo Arquiteto Ricardo Carvalho, o júri decidiu atribuir o prémio de Arquitectura a Ricardo Bak Gordon, pelo conjunto do seu percurso e também pelo modo como “trabalha com os fundamentos da disciplina. O desenho manual é [para Bak Gordon] uma ferramenta primordial, e possui um valor singular e autoral”, realçando que “esta disciplina faz convergir a tradição moderna, europeia e brasileira, com o realismo do comum”. O júri destaca também, no conjunto da obra do arquitecto, o projecto da escola em Romanshorn, na Suíça, e a exposição apresentada em 2018 na Garagem Sul do CCB, com o título Building Stories/ Histórias Construídas.
in acta de reunião de júri do Prémio AICA/MC/Millennium bcp
Inês Lobo
2017
Os prémios AICA/MC/Millennium bcp de artes visuais e arquitetura relativos a 2017 foram, por decisão unânime do júri reunido a 20 de setembro de 2018 na Sociedade Nacional de Belas Artes, atribuídos à Arquiteta Inês Lobo.
O júri foi presidido por Ricardo Carvalho e constituído por Ana Tostões, Catarina Rosendo, João Rodeia e Nuno Crespo que justificou, na ata da reunião, a opção de atribuição da seguinte forma:
Prémio AICA/MC/Millennium bcp de Arquitetura 2017, atribuído a Inês Lobo
“Com este prémio o júri procura destacar o percurso profissional ímpar da premiada, inseparável da respetiva capacidade em montar estratégias que vão da pequena à grande escala, da investigação ao desenho do edifício e da cidade, da qualidade da construção à dimensão social da arquitetura, da transversalidade colaborativa à ação curatorial, situação muito invulgar no panorama da arquitetura contemporânea portuguesa.”
in acta de reunião de júri do Prémio AICA/MC/Millennium bcp
Célia Gomes e Pedro Machado Costa
2016
Ao quinto dia do mês de junho de dois mil e dezassete, reuniu o júri do Prémio AICA/MC/Millennium bcp 2016 na Sociedade Nacional de Belas Artes em Lisboa. Composto por André Tavares, Manuel Costa Cabral, Victor dos Reis e Inês Lobo e presidido por Margarida Medeiros, após debate sobre critérios e metodologia, o júri decidiu atribuir o prémio de Arquitetura a Célia Gomes e Pedro Machado Costa (a. s* – atelier de santos), pela obra da Escola Secundária Luís de Freitas Branco, em Paço de Arcos.
in acta de reunião de júri do Prémio AICA/MC/Millennium bcp
Miguel Vieira e Inês Vieira da Silva
2015
Ao quinto dia do mês de junho de dois mil e dezassete, reuniu o júri do Prémio AICA/MC/Millennium bcp 2015 na Sociedade Nacional de Belas Artes em Lisboa. Composto por André Tavares, Manuel Costa Cabral, Victor dos Reis e Inês Lobo e presidido por Margarida Medeiros, após debate sobre critérios e metodologia, o júri decidiu atribuir o prémio de Arquitetura a SAMI (Miguel Vieira e Inês Vieira da Silva), pela obra Casa E/C, em São Miguel Arcanjo, São Roque do Pico, Ilha do Pico.
in acta de reunião de júri do Prémio AICA/MC/Millennium bcp
José Neves
2014
Ao vigésimo segundo dia do mês de dezembro de dois mil e quinze, pelas catorze horas e trinta minutos, reuniu o júri do Prémio AICA/SEC/Millennium bcp 2014 na Sociedade Nacional de Belas Artes em Lisboa. Composto por Bruno Marchand, Catarina Rosendo, Luís Santiago Baptista e Susana Ventura e presidido por Sérgio Fazenda Rodrigues, o júri decidiu por unanimidade, após debate sobre critérios e metodologia, atribuir o prémio de Arquitetura a José Neves, pela obra do Cinema Ideal na Rua do Loreto n.15 em Lisboa.
A atribuição do prémio foi fundamentada nos seguintes termos: “O Cinema Ideal é (…) uma obra subtil, que não se impõe, e, no entanto, traz consigo esse poder de transformação (de revolução), que aos poucos tem de se fazer sentir na cidade, no espaço público, como lugar de encontro de vida cultural e social.”
José Neves tem desenvolvido uma atividade profissional consistente e sóbria, combinando a prática arquitetónica com uma reflexão sobre a cidade contemporânea. Neste sentido, a obra do Cinema Ideal surge como charneira entre um problema premente, a intervenção reabilitadora nos centros históricos, a definição e viabilização da encomenda, a proposta de um cinema de bairro com programação cuidada, uma determinada conceção disciplinar, assente na contenção formal e na solidez construtiva, e os seus interesses próprios, particularmente o cinema. Por tudo isto, este projeto adquire uma dimensão exemplar no contexto da prática do arquiteto e dos problemas arquitetónicos e urbanos do presente.”
in acta de reunião de júri do Prémio AICA/MC/Millennium bcp
João Pedro Falcão de Campos
2013
Ao vigésimo segundo dia do mês de janeiro de dois mil e quinze, pelas catorze horas, reuniu o júri do Prémio AICA/SEC/Millennium bcp 2013 na Sociedade Nacional de Belas Artes em Lisboa. Composto por Ana Tostões, Bruno Marchand, Helena de Freitas e Luís Santiago Baptista e presidido por João Silvério, o júri decidiu por unanimidade, atribuir o Prémio AICA/SEC/Millennium bcp 2013 de Arquitetura ao arquiteto João Pedro Falcão de Campos.
A opção da atribuição do prémio foi justificada pela consistência da sua obra e a abrangência da sua atuação. “O Prémio recai sobre um arquiteto que trabalha com o mesmo rigor obra nova, reabilitação, arquitetura ou espaço público. A sua coerência construtiva, programática e conceptual ficou recentemente patente em intervenções exemplares conduzidas no coração de Lisboa – como o percurso pedonal assistido da Baixa ao Castelo ou a obra da sede do Banco de Portugal (realizada em parceria com Gonçalo Byrne) – que reforçaram a memória e a identidade da Baixa Pombalina devolvendo-lhe centralidade institucional, representativa e cultural. No percurso, assumindo sempre uma perspetiva integrada de atuação, a lógica dos espaços urbanos atravessados é valorizada e assegurado o conforto do cidadão. Na sede do Banco de Portugal gere um programa complexo, articulando a abertura do edifício-quarteirão à cidade, com exigentes soluções técnicas, e definindo as grandes decisões estratégicas que passaram pela realização de complexas demolições, pelo posicionamento das redes de infraestruturas, por um restauro cuidadoso e pela integração dos achados arqueológicos.”
in acta de reunião de júri do Prémio AICA/MC/Millennium bcp
José Adrião
2012
Ao oitavo dia do mês de outubro de dois mil e catorze, pelas onze horas, reuniu o júri do Prémio AICA/SEC/Millennium BCP 2012 na Sociedade Nacional de Belas Artes em Lisboa.
Composto por Helena de Freitas, Nuno Grande, Sérgio Mah e Michel Toussaint e presidido por Sara Antónia Matos, o júri decidiu por unanimidade, após debate sobre critérios e metodologia, atribuir o Prémio AICA/SEC/Millennium BCP 2012 de Arquitetura ao arquiteto José Adrião.
Na ata da reunião, a opção da atribuição do prémio a José Adrião foi justificada da seguinte forma: “Na sua intervenção sobre lugares preexistentes, a obra de José Adrião tem sabido afirmar, com descrição, a sua condição contemporânea em diálogo com as memórias materiais e imateriais precedentes, relacionando paisagem, cidade e edifício. Nesse âmbito, diverge das práticas comuns da Reabilitação Urbana e Arquitetónica, que hoje percorrem a retórica política e a promoção imobiliária nas principais cidades portuguesas, as quais têm conduzido a excessivas “gentrificações” turísticas dos centros históricos. Os edifícios de habitação em Lisboa, reabilitados por José Adrião, em bairros como Campo de Ourique, Lapa e Baixa Pombalina – tendo este último obtido o Prémio Vilalva 2011 – demonstram essa capacidade de transformar os espaços, sem obliterar as características mais nobres, ou até as mais comuns, ali sedimentadas pelo tempo.
in acta da reunião de júri do Prémio AICA/SEC/Millennium bcp
Miguel Figueira
2011
Aos dezanove dias do mês de dezembro de dois mil e doze, pelas onze horas, reuniu o júri do Prémio AICA/SEC/Millennium bcp 2011 na Sociedade Nacional de Belas Artes em Lisboa. Composto por Raquel Henriques da Silva, Sérgio Mah, Diogo Seixas Lopes, Jorge Figueira e presidido por Delfim Sardo, o júri decidiu por unanimidade, após debate sobre critérios e metodologia, atribuir:
Prémio AICA/SEC/Millennium BCP 2011 de Arquitectura ao arquitecto Miguel Figueira. Enquanto arquitecto da Câmara Municipal de Montemor-o-Velho, desenvolveu nos últimos anos um trabalho exemplar tanto na reabilitação do espaço público como na criação de novos programas capazes de relançar este pequeno aglomerado de tantas potencialidades, agora realçadas.
Fora da grande encomenda e do estatuto autoral associado ao atelier privado, Miguel Figueira demonstra que a prática da arquitectura no quadro público pode melhorar as condições para a comunidade local, mas também lançar programas de impacto global como é o caso do Centro de Alto Rendimento de Montemor-o-Velho. Este centro náutico, concluído em 2011, garantiu para a região um equipamento de excelência, palco de Campeonatos Europeus de Canoagem. O entusiasmo e a persistência, aliados ao rigor conceptual e construtivo que o conjunto das suas obras denota, fazem de Miguel Figueira um caso singular.
in acta de reunião de júri do Prémio AICA/ SEC/Millennium bcp
Francisco Castro Rodrigues
2010
No dia 21 de março de 2011, reuniu-se o júri para a atribuição dos Prémios AICA/Ministério da Cultura (Artes Plásticas e Arquitectura) relativos a 2010. O júri, constituído por Manuel Graça Dias, Presidente da SP/AICA, que presidiu, por Leonor Nazaré, Vice Presidente da SP/AICA, que secretariou, e pelos críticos Ana Vaz Milheiro (arquitectura), e Lúcia Marques e Paulo Pires do Vale (artes visuais), decidiu, por unanimidade, atribuir o Prémio Arquitectura ao Arquitecto Francisco Castro Rodrigues (Lisboa. 1920).
O Júri relevou o trabalho de um arquitecto de grande relevância cultural na cena portuguesa, ainda que pouco conhecido das gerações mais recentes, já que a maior parte da sua obra construída se localiza em Angola, no Lobito, cidade à qual imprimiu um forte carácter urbano a partir dos anos de 1950.
Francisco Castro Rodrigues destacou-se logo em 1947, quando liderou um grupo refundador da Revista Arquitectura (as reuniões decorriam na sua própria casa), tendo traduzido para publicação na mesma revista (com a mulher, a actriz Maria de Lurdes de Castro Rodrigues), a Carta de Atenas (Le Corbusier, 1941), documento fundamental para a entrada do ideário da Arquitectura Moderna em Portugal.
Combatente antifascista, perseguido pela polícia do regime, encontrou no Lobito um ambiente mais propício ao desenvolvimento de uma obra consistente, moderna, muitas vezes lúdica e expressionista, com recurso aos novos materiais e às suas potencialidades.
Iniciou-se com a “Casa Sol” (1953), onde já inclui a colaboração de artistas plásticos, participação que viria a ser uma constante ao longo do seu percurso (painéis de azulejo nas empenas por Manuel Ribeiro de Pavia). O bloco de habitação plurifamiliar “Universal” (1961), com a sua complexa máscara de grelhagens, palas, terraços, recessos e sombras, o “Cine-Esplanada Flamingo” (1963), obra cosmopolita, com uma audaciosa cobertura em betão, suspensa, com 16 metros de balanço, ou o “Liceu do Lobito” (1966), sem dúvida, a sua obra mais radical, traduzem o amadurecimento da vontade de Castro Rodrigues em adaptar as novas técnicas construtivas ao clima tropical; na arejada “Catedral do Sumbe” (1966) inscreve, simultaneamente, um inovador espaço litúrgico, contando com a contribuição plástica de Clotilde Fava e Louis Dourdil.
Em 2009, Eduarda Dionísio editou (com a Casa da Achada), o livro "Um cesto de cerejas", no qual reúne uma série de conversas que manteve com o arquitecto, trazendo a público muito do seu longo e rico percurso profissional e humano. Também em 2009, "Moderno tropical: Arquitectura em Angola e Moçambique, 1948-1975", de Ana Magalhães e Inês Gonçalves (Tinta da China), ilustra abundantemente a obra construída de Castro Rodrigues, elegendo para capa, inclusive, uma esplêndida fota da “ruína moderna” do que resta do “Cine-Esplanada Flamingo”.
Depois da independência de Angola, Francisco Castro Rodrigues colaborou na reconstrução do novo país, nomeadamente na organização do seu Curso de Arquitectura, tendo regressado a Portugal, às Azenhas do Mar (onde vive, desde então), em 1989.
in acta de reunião de júri do Prémio AICA/MC
Paulo Gouveia
2009
O júri, constituído por Manuel Graça Dias, Leonor Nazaré e por Celso Martins, Nuno Grande e Diogo Seixas Lopes atribuiu o Prémio AICA/Ministério da Cultura 2009 (Arquitectura), a título póstumo, ao arquitecto Paulo Gouveia. O arquitecto açoriano faleceu no ano passado.
Paulo Gouveia (1939-2009), nascido em Angra do Heroísmo, é autor de uma obra que se inscreve com toda a propriedade numa corrente criativa pós-moderna, revelando uma leitura própria das culturas populares locais, através de um discurso pragmático, vernáculo, orgânico, plástico e poético. Entre outras obras emblemáticas, deixou-nos o Museu do Vinho e a ampliação do Museu dos Baleeiros, no arquipélago dos Açores, inaugurada em 2009.
Em 2009 foi também o ano da publicação do seu livro “Angra do Heroísmo: Arquitectura do século XX” e memória colectiva, pelo Instituto Açoriano de Cultura, livro resultante da Dissertação de Doutoramento que apresentou na Universidade de Évora.
O júri sublinhou que Paulo Gouveia “foi um arquitecto dos Açores que sempre se moveu com grande à vontade nos temas da cultura universal, um erudito que sempre soube olhar para a cultura popular, nomeadamente, para a herança emigrada da diáspora açoriana”.
in acta de reunião de júri do Prémio AICA/MC
Alexandre Alves Costa e Sergio Fernandez
2008
No dia 17 de março de 2009 reuniu-se o júri para a atribuição dos Prémios AICA/Ministério da Cultura (Artes Plásticas e Arquitectura) relativos a 2008. O júri, constituído por Manuel Graça Dias, que presidiu, por Leonor Nazaré, que secretariou, e por João Pinharanda, Ana Vaz Milheiro e José Manuel Fernandes, deliberou o seguinte:
PRÉMIO AICA/MC 2008 – ARQUITECTURA
O Prémio AICA/Ministério da Cultura 2008 (Arquitectura), foi atribuído à dupla de arquitectos Alexandre Alves Costa (n. 1939) e Sergio Fernandez (n. 1937).
O trabalho destes dois arquitectos, com escritório no Porto, tem-se vindo a destacar, há já longos anos quer pela qualidade e contemporaneidade das suas propostas quer pelo rigor e cuidado histórico das muitas intervenções sobre o património construído onde têm sido chamados a atuar, sobretudo como resultado de concursos públicos.
Desde o realista, poético e minucioso Estudo de Recuperação e Valorização Patrimonial da Aldeia de Idanha-a-Velha a que se têm entregue nos últimos 15 anos, ao recente restauro e modernização do Cine-Teatro Constantino Nery em Matosinhos, inaugurado em 2008, até ao incrível trabalho de consolidação, enquadramento arqueológico e proposta para “dar-a-ver”, no caso do Convento de Santa-a-Clara a Velha, em Coimbra, que abrirá ao público ainda este ano, o contributo destes dois arquitectos e das equipas que têm sabido orientar, tem sido fundamental para uma totalmente nova compreensão do papel que a herança arquitectónica pode e deve assumir nas sociedades contemporâneas; também na produção de obra nova, de raíz, o seu trabalho se destaca, levantando e interrogando os mais atuais problemas da arquitectura e do desenho urbano, como o atesta o novíssimo (2005) Complexo Residencial de Viana do Castelo, elegantemente projectado à ilharga da cidade histórica.
Alexandre Alves Costa e Sergio Fernandez, possuem ainda um notável percurso ao serviço do ensino da arquitectura, em especial como Professores da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto, tendo marcado com a sua sensibilidade e cultura, inúmeras gerações.
Em 2007 foi editado o livro Textos datados, que reúne uma série de relevantes reflexões de Alexandre Alves Costa e, em 2008, Só nós e SantaTecla, um álbum crítico, escrito por vários autores, sobre uma das obras mais interessantes da moderna arquitectura portuguesa, a Casa Alcina, desenhada em 1971 por Sergio Fernandez.
in acta de reunião de júri do prémios AICA/MC
João Mendes Ribeiro
2007
No dia 29 de abril de 2008, reuniu-se o júri para a atribuição do Prémio AICA 2007. Constituído por Rui Mário Gonçalves, Leonor Nazaré, João Pinharanda, Nuno Crespo, Ana Tostões, Michel Toussaint e Ricardo Carvalho, deliberou o seguinte:
PRÉMIO AICA 2007 – ARQUITECTURA
O Prémio AICA 2007 para arquitecto foi atribuído a João Mendes Ribeiro pela sua obra de arquitecto e cenógrafo. As duas vertentes combinam-se coerentemente para, em cada caso, se adequarem às condições particulares do sítio e do programa ou da peça de teatro, materializando com extremo cuidado as suas conceções que, no teatro, mostram uma muito eficaz contenção de meios e, nas obras arquitetónicas, uma atenção construtiva aliada a uma subtil teatralidade que valoriza plasticamente cada parte. É de destacar a sua intervenção na reabilitação do Laboratório Químico em Coimbra, exemplar na capacidade de recuperar e mostrar o edifício antigo e os seus vários tempos, não deixando de adequá-lo a um actual museu de Ciência.
in acta de reunião de júri do Prémio AICA/MC
Paulo David
2006
Aos 13 de fevereiro de 2007, entre as 18h30 e as 20h, realizou-se nas instalações da Sociedade Nacional de Belas-Artes, sita na Rua Barata Salgueiro, n.º 36, em Lisboa, a reunião do júri do Prémio AICA-MC 2006, composto por críticos de arte e críticos de arquitectura associados. Estiveram presentes, nessa condição, João Pinharanda (que presidiu), Rui Mário Gonçalves, Nuno Crespo, Ana Tostões e Ricardo Carvalho.
Deu-se início à reunião com o balanço das principais exposições antológicas de artistas e arquitectos portugueses e com o balanço de obras edificadas e em utilização plena no período considerado. Foram igualmente analisados os percursos criativos dos respectivos autores. Depois deste período de trabalho e reflexão o júri atribuiu, por unanimidade, o prémio de Arquitectura a Paulo David. A distinção refere-se à vitalidade da sua obra pública no contexto insular, nacional e internacional. Desenvolvido num espaço periférico, nesse trabalho se destaca o recente Centro Cultural da Casa das Mudas (Calheta, Ilha da Madeira).
in acta de reunião de júri do Prémio AICA/MC
Manuel Aires Mateus e Francisco Aires Mateus
2005
Aos 20 de fevereiro de 2006, entre as 19h30 e as 20h30, realizou-se nas instalações da Sociedade Nacional de Belas-Artes, sita na Rua Barata Salgueiro, n.º 36, em Lisboa, a reunião do júri do Prémio AICA-MC 2005, composto por críticos de arte e por críticos de arquitectura. Estiveram presentes, nessa condição, Rui Mário Gonçalves (que presidiu), João Pinharanda, Ana Tostões, Leonor Nazaré, Michel Toussaint e Lúcia Marques.
Deu-se início à reunião com um balanço das principais exposições antológicas de artistas e arquitectos portugueses que, numa perspectiva nacional e internacional, marcaram o ano de 2005, considerando-se também os respectivos percursos criativos em foco, tendo o Júri indigitado por unanimidade a atribuição do Prémio de Arquitectura a: Manuel e Francisco Aires Mateus, pelo seu percurso profissional, revelado na exposição “Aires Mateus: Arquitectura”, que esteve patente no Centro Cultural de Belém, e confirmado também na recente inauguração do Centro Cultural de Sines.
in acta de reunião de júri do Prémio AICA/MC
Ruy Jervis d’Athouguia
2004
O júri do Prémio AICA/MC referente ao ano de 2004 reuniu no dia 25 de janeiro último na sede da Sociedade Nacional de Belas-Artes, em Lisboa tendo atribuído por unanimidade, respectivamente a Ruy Jervis d’Athouguia e Helena Almeida, os prémios referentes às modalidades de Arquitectura e de Artes Plásticas.
Foi decidido atribuir o Prémio de Arquitectura a Ruy Jervis d’Athouguia a propósito da exposição que teve lugar no Palácio das Galveias, no ano transacto, onde foi possível reavaliar o papel essencial deste arquitecto e da sua geração na afirmação da arquitectura moderna, a quem se deve o Liceu Padre António Vieira, as Escolas do Bairro de S. Miguel ou Teixeira de Pascoaes, e sobretudo a Sede e Museu da Fundação Calouste Gulbenkian, realizada em equipa com Pedro Cid e Alberto José Pessoa, e que o tempo tem vindo a confirmar como uma obra maior da contemporaneidade.
in acta de reunião de júri do Prémio AICA/MC
Belém Lima
2003
O júri do Prémio AICA/MC referente ao ano de 2003 reuniu no dia 4 de fevereiro na sede da Sociedade Nacional de Belas-Artes, em Lisboa tendo atribuído por unanimidade, respectivamente a António Belém Lima e Luís Noronha da Costa, os prémios referentes às modalidades de Arquitectura e de Artes Plásticas.
O Júri, constituído por Ana Vaz Milheiro, José Manuel Fernandes, Rui Mário Gonçalves, João Pinharanda e Leonor Nazaré destacou, no trabalho global do arquitecto Belém Lima, o recente conjunto habitacional Habireal. O premiado integra o grupo do atelier do Pioledo, responsável há duas décadas pela actividade ímpar que colocou a cidade de Vila Real no mapa da arquitectura contemporânea.
in acta de reunião de júri do Prémio AICA/MC
Nuno Mateus e José Mateus
2002
No dia vinte e três de janeiro de dois mil e três, às dezoito horas, reuniu-se na Sociedade Nacional de Belas-Artes, o júri de atribuição do Prémio AICA-MC-2002, constituído pelos críticos de arte, Carlos dos Santos Duarte, João Rocha de Sousa, Luísa Soares de Oliveira, Manuel Graça Dias e Rui Mário Gonçalves.
O júri decidiu, por unanimidade, atribuir o Prémio de Arquitectura à dupla de Arquitectos Nuno Mateus e José Mateus (ARX, Portugal) pela ampliação e remodelação do Museu Marítimo de Ílhavo, no qual a vontade experimental que se lê na força dos interiores, da luz e do espaço só é ultrapassada pelo vigor da composição volumétrica e pela qualidade urbana do objecto, que regenera o sítio, transformando-o num lugar.
in acta de reunião de júri do Prémio AICA/MC
Daciano da Costa
2001
Aos vinte e cinco dias do mês de janeiro de 2002, na sede da Sociedade Nacional de Belas-Artes, na rua Barata Salgueiro, número 56 em Lisboa, pelas dezassete e trinta, reuniu o júri para atribuir os Prémios AICA-MC relativos ao ano de 2001, constituído pelos críticos de arte Dr. Rui Mário Gonçalves, que presidiu, arquitecto Carlos Duarte, Dr. João Pinharanda, arquitecta Ana Tostões e Dra. Luísa Soares Oliveira, todos membros da A.I.C.A.
Após consideração das diversas hipóteses, o júri decidiu, por unanimidade, atribuir o Prémio de Arquitectura ao designer Daciano da Costa, a pretexto da retrospetiva da sua obra, apresentada na Fundação Calouste Gulbenkian. O júri salientou a contribuição da sua obra e da sua ação pedagógica para a qualidade e aperfeiçoamento desta disciplina em Portugal. O júri decidiu lavrar em acta a evocação de outro grande promotor do Design em Portugal, o arquitecto António Sena da Silva, falecido em 2001.
in acta de reunião de júri do Prémio AICA/MC
Reitoria da Universidade de Aveiro
2000
Aos dezasseis dias do mês de março de dois mil e um, pelas 17 horas, reuniu na sede da Sociedade Nacional de Belas-Artes, em Lisboa, o júri dos 20.ºs prémios anuais da Association Internationale des Critiques d’Art – Secção Portuguesa, ditos “Prémios AICA-Ministério da Cultura”, relativos a Arquitectura e Artes Plásticas, júri constituído por José-Augusto França, que presidiu, Fernando de Azevedo (em delegação do Presidente da Secção Portuguesa da AICA, Rui Mário Gonçalves), Fernando Pernes (consultado por telefone, por impossibilidade de se deslocar do Porto), Carlos Duarte e Nuno Portas – de modo a reconstituir o júri dos primeiros prémios atribuídos ao ano de 1981, conforme desejo manifestado por José-Augusto França que assim se retira da presidência deste júri, na data que fixara, de 2000.
O Prémio relativo à Arqutectura foi atribuído, por unanimidade, à Reitoria da Universidade de Aveiro pelo conjunto do seu “Campus”, segundo o projeto do Centro de Estudos da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto – quer pelo valor de grande número dos edifícios que o integram, quer pelo projecto ordenador que o distingue de outras realizações congéneres. A atribuição deste prémio deseja sublinhar, pela primeira vez, a exemplaridade de uma instituição publica que assumiu um programa desta importância. O resultado obtido não pode separar-se da contribuição individualmente dada por alguns dos mais conceituados arquitectos portugueses de várias gerações, alguns já premiados pela Aica.
in acta de reunião de júri do Prémio AICA/MC
Manuel Graça Dias e Egas José Vieira
1999
Aos vinte e sete dias do mês de março do ano dois mil, reuniu o júri para a atribuição do Prémio da Associação Internacional dos Críticos de Arte-Ministério da Cultura 1999, (Artes Plásticas e Arquitectura), constituído por Fernando Pernes, ouvido por telefone, Carlos Duarte, José Manuel Fernandes, Rui Mário Gonçalves e José-Augusto França, que presidiu.
O Prémio de Arquitectura é atribuído a Manuel Graça Dias e Egas Vieira, que têm atelier conjunto. Na obra destes arquitectos destacam-se o Pavilhão de Portugal na Exposição Universal de Sevilha de 1992, a nova sede da Associação dos Arquitectos Portugueses, a Porta Sul e Cracking da EXPO’98, e, já em 1999, os edifícios de aulas e auditório do Instituto Superior de Saúde – Sul e o projecto vencedor no Concurso para a nova sede do semanário “Expresso”. Sublinha-se o vigor criativo e a exuberância formal destes trabalhos, traduzidos em imagens de grande impacto, por vezes de deliberada intenção provocatória.
Refere-se ainda a acção continuada e eficaz do arquitecto Graça Dias na divulgação e análise crítica da actual arquitectura portuguesa, nomeadamente através da rádio e da televisão.
in acta de Reunião de júri do Prémio AICA/MC
Manuel Salgado
1998
Aos vinte e dois dias do mês de fevereiro de mil e novecentos e noventa e nove, reuniu o júri para a atribuição do Prémio da Associação Internacional dos Críticos de Art-Ministério da Cultura 1998, (Artes Plásticas e Arquitectura), constituído por Fernando de Azevedo, Manuel Graça Dias, José Manuel Fernandes, Rui Mário Gonçalves e José-Augusto França, que presidiu.
Por unanimidade, foi decidido atribuir o Prémio de Arquitectura a Manuel Salgado, pelo conjunto da sua obra edificada onde se destaca, para além do projeto para um edifício de escritórios na Rua Castilho (Prémio Valmor, 1980) e do projecto do Centro Cultural de Belém (feito em parceria com o Arqº Vittorio Gregotti, em 1989/93), o mais recente trabalho, de carácter urbano, consubstanciado no Plano de Pormenor (PP2) para o recinto da Expo’98, bem como o respectivo projecto de espaços públicos.
Manuel Salgado assinou ainda os projetos de várias das estruturas de arquitectura efémera presentes na Exposição Internacional de Lisboa (dos quiosques aos restaurantes modulares e aos pavilhões provisórios para países na área sul), bem como o projecto do Teatro Camões.
O plano da Expo’98, um projecto de enorme visibilidade que pôde ser apreciado pelos muitos milhões de visitantes que frequentaram o recinto (e que continuam a acorrer, agora ao Parque das Nações), e um trabalho de grande qualidade e que em muito terá contribuído para o enorme exito da operação. Manuel Salgado continuará ainda, nos próximos tempos, ligado ao desneho do sítio, já que em breve começarão as obras de espaços públicos previstos para o pós-Expo de que também é autor.
in acta de Reunião de Júri dos Prémios AICA/MC
Raul Chorão Ramalho
1997
Em 27 de abril de 1998 reuniu o júri para a atribuição do Prémio AICA-Ministério da Cultura 1997, (Arquitectura e Artes Plásticas), constituído por Margarida Acciaiuoli, Sílvia Chicó, Manuel Graça Dias, José Lamas e José-Augusto França, que presidiu.
Foi decidido por unanimidade atribuir o Prémio de Arquitectura a Raul Chorão Ramalho, a propósito da exposição que teve lugar na Casa da Cerca em Almada no ano transacto, onde foi possível registar a qualidade, a coerência, bem como a capacidade de permanência no tempo de exemplos como o do Centro Comercial do Restelo (Rua Duarte Pacheco Pereira) em Lisboa, ou a Escola Pedro Nolasco em Macau, para citar apenas dois exemplos dentro de uma obra que, salvaguardando a modernidade a autoria, se soube construir serenamente em diversas regiões do mundo, da Madeira a Macau, de Portugal ao Brasil.
in acta de reunião de júri do Prémio AICA/MC/Millennium bcp
Amâncio Guedes (Pancho)
1996
A 4 de março de 1997, na sede da Sociedade Nacional de Belas Artes, pelas 18:30 horas, reuniu o júri do Prémio AICA-Ministério da Cultura 1996, tendo o mesmo sido constituído pelos seguintes críticos: José-Augusto França (Presidente de honra da Association Internationale des Critiques d’Art, AICA), José Lamas, José Manuel Fernandes, Rui Mário Gonçalves e Cristina Azevedo Tavares.
Deliberou-se por unanimidade atribuir os dois prémios, respectivamente em Arquitectura e Artes Plásticas.
Em Arquitectura, ao Arquitecto Amâncio Guedes (Pancho), pelo conjunto da obra arquitectónica em Lourenço Marques (1953/65) e sobretudo pelo espírito inovador e original que se mantém atualmente como referência indispensável para a modernidade, enquanto demonstrativo da capacidade de articular tradições culturais oriundas de raízes profundamente diferentes.
in acta de reunião de júri do Prémio AICA/MC/Millennium bcp
Eduardo Souto Moura
1995
A 15 de março de 1996, reuniu o júri do Prémio AICA-Ministério da Cultura 1995, tendo o mesmo sido constituído pelos seguintes críticos: José-Augusto França (Presidente de honra da Secção Portuguesa da AICA), Carlos Duarte, Pedro Vieira de Almeida, Fernando de Azevedo e Sílvia Chicó (Presidente da Secção Portuguesa). Deliberou-se atribuir os dois prémios, respectivamente em Arquitectura e Artes Plásticas.
Em Arquitectura, ao Arquitecto Eduardo Souto e Moura pela sua casa sita da na Rua do Teatro, n.º 156, Porto, na oportunidade da erecção do magnífico o edifício na cidade do Porto, no qual se manifesta a maturidade plena duma envolvência formal, qualidade aliás de toda a sua obra, perseguindo nesta um percurso particularmente sensível à característica própria dos sítios, dos materiais, e dos espaços.
in acta de reunião de júri do Prémio AICA/MC/Millennium bcp
Fernando Távora
1994
Realizou-se e 11 de julho de 1995 na Sociedade Nacional de Belas Artes em Lisboa, o júri de atribuição dos Prémios AICA-SEC 1994. Os trabalhos deste júri foram dirigidos pelo Presidente de Honra da Secção Portuguesa da AICA, Professor José-Augusto França e contaram com a participação de Nuno Portas, Fernando de Azevedo, Manuel Graça Dias e Sílvia Chicó.
O júri atribuiu os prémios de Arquitectura e Artes Plásticas por unanimidade, respectivamente ao Arquitecto Fernando Távora e ao Pintor Júlio Pomar.
Ao Arquitecto Fernando Távora pela obra seguríssima que a recente intervenção na Escola de Refoios (Ponte de Lima) sublinha, e que se veio afirmando serenamente ao longo dos últimos anos; a exposição biográfica realizada no Centro Cultural de Belém, testemunha essa irradiante e erudita paixão pela arquitectura.
in acta de reunião de júri do Prémio AICA/MC/Millennium bcp
Frederico George
1993
No dia 16 de março de 1994 reuniu-se o Júri do Prémio A.I.C.A.-S.E.C. 1993, constituído pelos críticos José-Augusto França, que presidiu, Fernando de Azevedo Sílvia Tavares Chicó, Carlos Duarte e Pedro Vieira de Almeida.
Foi decidido por unanimidade, atribuir ao Arquitecto Frederico George, recentemente falecido, e assim, a título excepcional, o Prémio de Arquitectura, em homenagem ao seu espírito, cultura e relevante empenho pedagógico, particularmente pela defesa esclarecida e empenho na profissionalização, em Portugal, do Designer e ainda na defesa da integração das três artes, como a exposição que lhe foi dedicada, no ano de 1993, inaugurando a Sala do Risco da Câmara Municipal de Lisboa, procurou evidenciar.
in acta de reunião de júri do Prémio AICA/MC/Millennium bcp
Carrilho da Graça
1992
No dia 25 de março de 1993, reuniu-se o júri do Prémio A.I.C.A.-S.E.C. 1992, constituído pelos críticos José-Augusto França que presidiu, Fernando de Azevedo, Pedro Vieira de Almeida, Nuno Portas e Fernando Pernes.
O Júri decidiu, por unanimidade, atribuir o Prémio de Arquitectura a um autor da geração mais recente, embora com obra significativa construída e publicada – o Arquitecto J. L. Carrilho da Graça – que se destaca por um percurso de progressiva depuração de uma linguagem própria, de raiz modernista, reagindo à permissividade de carácter decorativo, exibida por boa parte da promoção pública e imobiliária dominante e, ainda, por uma pessoal interpretação dos valores de sítio que, inteligentemente, integra na sua obra.
in acta de reunião de júri do Prémio AICA/MC/Millennium bcp
Henrique Chicó
1991
A 30 de janeiro de 1992, reuniu o júri do Prémio AICA-SEC 1991, constituído por José-Augusto França que presidiu, Fernando de Azevedo, Carlos Duarte, Pedro Vieira de Almeida e Sílvia Chicó.
Numa perspectiva de premiação não necessariamente consagratória, o júri decidiu por unanimidade atribuir o Prémio de Arquitectura ao Arquitecto Henrique Chicó pelo edifício n.º 40 da Rua Braamcamp que, embora passível de polémica, aborda o problema da integração do pré-existente numa intervenção actual, não recusando as tensões de linguagem postas pela particular inserção urbana.
in acta de reunião de júri do Prémio AICA/MC/Millennium bcp
Manuel Tainha
1990
No dia 21 de janeiro de 1991, reuniu-se na Sociedade Nacional de Belas Artes o júri do Prémio AICA-SEC, presidido por José-Augusto França, e com a participação de Fernando de Azevedo, Nuno Portas, Pedro Vieira de Almeida e Rui Mário Gonçalves, que secretariou.
O júri decidiu por unanimidade indigitar Manuel Tainha, em Arquitectura, na oportunidade da construção da Faculdade de Psicologia, pela sua reiterada preocupação técnica num processo desenvolvido com notável coerência, intimamente articulado com a investigação de uma linguagem própria e pelo sentido pedagógico do seu contributo ético e profissional.
in acta de reunião de júri do Prémio AICA/MC/Millennium bcp
Pedro Ramalho
1989
No dia 12 de Fevereiro de 1990, reuniu-se na Sociedade Nacional de Belas Ates o júri do Prémio AICA-SEC 1989, sob a presidência de José-Augusto França e a presença de Fernando de Azevedo, Pedro Vieira de Almeida, Rui Mário Gonçalves e Nuno Portas.
Para o Prémio de Arquitectura o Júri indigitou o Arquitecto Pedro Ramalho, autor de uma obra caracterizada ao longo de duas décadas pelo vigor construtivo e a interpretação original dos programas, sem submissão a dogmatismos de escola – atitudes bem patentes em projectos de habitação social como _Porto e Guimarães_, em edifícios institucionais como a Piscina de Matosinhos ou o Município de Águeda e agora na escala doméstica com a notável moradia na Foz do Douro _Casa C. Sousa_, bem representativa do seu entendimento crítico ou descomplexado da tradição moderna.
Gonçalo Byrne
1988
No dia 13 de janeiro de 1989, reuniu-se na Sociedade Nacional de Belas Artes o júri do Prémio AICA-SEC, constituído pelos críticos José-Augusto França, que presidiu, Fernando de Azevedo, Carlos Duarte, Pedro Vieira de Almeida e Rui Mário Gonçalves, que secretariou.
O prémio de Arquitectura foi atribuído por unanimidade a Gonçalo Byrne, considerando a permanente inteligência demonstrada na compreensão dos valores urbanos e na sensível invenção formal do objeto arquitetónico, nomeadamente no edifício de habitação cooperativa, recentemente construído no Restelo e com referência à sua proposta no concurso do Centro Cultural de Belém.
in acta de reunião de júri do Prémio AICA/MC/Millennium bcp
Manuel Vicente
1987
No dia 23 de janeiro de 1988, pelas 18h, reuniu-se na Sociedade Nacional de Belas Artes o júri do Prémio AICA-SEC, constituído pelos críticos José-Augusto França, que presidiu, Sílvia Tavares Chicó, Carlos Duarte, Fernando de Azevedo e Rui Mário Gonçalves, que secretariou.
O júri indigitou, por unanimidade, para Prémio de Arquitectura o Arquitecto Manuel Vicente, pelo notável trabalho vencedor do concurso do Centro Ismaelita de Lisboa e como reconhecimento pelo conjunto da sua obra existente em numerosos projetos em Portugal continental e no território de Macau; sublinha-se em particular o rigor e espírito de pesquisa dessa obra, assim como as qualidades pedagógicas demonstradas no campo do ensino.
in acta de reunião de júri do Prémio AICA/MC/Millennium bcp
Vítor Figueiredo
1986
No dia dezasseis de janeiro de mil novecentos e oitenta e sete, reuniu-se na Sociedade Nacional de Belas Artes o júri de premiação, constituído pelos críticos José-Augusto França, que presidiu, Carlos Duarte, Sílvia Chico, Fernando de Azevedo e Rui Mário Gonçalves.
O Prémio de Arquitectura de 1986 é concedido ao Arquitecto Vítor Figueiredo pelo projecto da unidade habitacional do Alto do Zambujal e pelo conjunto da sua obra largamente dedicada à habitação social, na qual tem desenvolvido um discurso estético coerente, de inegável força e dignidade e realizado uma investigação sistemática do maior interesse sobre os factores técnicos e económicos que condicionam esse sector.
in acta de reunião de júri do Prémio AICA/MC/Millennium bcp
Nuno Teotónio Pereira
1985
o dia quinze de fevereiro de mil novecentos e oitenta e seis, reuniram-se os membros do júri da Secção Portuguesa da A.I.C.A., para atribuição do Prémio correspondente a 1985. O Júri foi constituído pelos críticos José-Augusto França (Presidente), Fernando de Azevedo, Pedro Vieira de Almeida, Nuno Portas e Rui Mário Gonçalves.
Foi decidido por unanimidade designar para Prémio de Arquitectura o Arquitecto Nuno Teotónio Pereira, assinalando uma longa carreira profissional sempre inovadora e rigorosa, assim como a sua capacidade de fazer escola. Justifica a oportunidade desta escolha a realização recente de uma etapa do conjunto do Restelo (Lisboa).
in acta de reunião de júri do Prémio AICA/MC/Millennium bcp
Alcino Soutinho
1984
No dia nove de janeiro de mil novecentos e oitenta e cinco, pelas dezanove horas, reuniu o Júri de atribuição dos Prémios da Secção Portuguesa da A.I.C.A. – 1984, em Artes Plásticas e em Arquitectura. O Júri foi constituído por José Augusto-França, Presidente de Honra da Secção Portuguesa da A.I.C.A., por Sílvia Chicó, Presidente da Secção Portuguesa, por Fernando de Azevedo, por Pedro Vieira de Almeida, e por Nuno Portas, este último votando por correspondência.
O Júri decidiu por unanimidade atribuir o Prémio de Arquitectura ao Arquitecto Alcino Soutinho. A justificar atribuição a obra realizada recentemente no Museu Biblioteca Municipal – no Convento de S. Gonçalo em Amarante, intervenção inserida num complexo arquitectónico pré-existente, considerando-a como manifestação de uma procura estética e investigação formal de reconhecida coerência e invenção, em função sobretudo de valores espaciais.
in acta de reunião de júri do Prémio AICA/MC/Millennium bcp
Raul Hestnes Ferreira
1982
Às vinte e duas horas do dia vinte e dois de dezembro de mil novecentos e oitenta e dois, na sede da S.N.B.A., em Lisboa, reuniu o júri de atribuição dos Prémios Nacionais da A.I.C.A. (Secção Portuguesa) em artes plásticas e em arquitectura, constituído por José Augusto França, presidente honorário da A.I.C.A., que presidiu, Rui Mário Gonçalves, Carlos Duarte, Pedro Vieira de Almeida, membros da associação, e, em representação de Fernando Pernes, presidente em exercício da AICA, Fernando de Azevedo que comprovou essa qualidade.
Carlos Duarte e Pedro Vieira apresentaram como candidato ao prémio de arquitectura o arquitecto Raul Hestnes Ferreira, pela coerência de intervenção profissional manifestada ao longo da sua carreira, e pela obra produzida, nomeadamente em 1982 com a conclusão parcial do Bairro SAAL das Fonsecas, em Lisboa, da Escola Secundária de Benfica e de um bloco residencial em Beja.
Esta proposta recebeu o acordo dos restantes membros do Júri, sendo-lhe consequentemente atribuído por unanimidade o Prémio Nacional de Arquitectura.
in acta de reunião de júri do Prémio AICA/MC/Millennium bcp
Álvaro Siza Vieira
1981
O Júri constituído por José-Augusto França, presidente honorário da Secção Portuguesa da AICA, que presidiu, por Fernando Pernes, presidente em exercício da mesma associação, e por Fernando de Azevedo, Carlos Duarte e Nuno Portas, membros da associação, reuniu na sede da Sociedade Nacional de Belas-Artes, aos 5 de Junho de 1982, para atribuir os dois prémios de artes plásticas e de arquitectura, cada um deles na importância de cem mil escudos, postos à disposição da AICA para o efeito, pelo Ministério da Cultura em seu ofício de 25 de Maio de 1982.
Considerado o Prémio de Arquitectura a atribuir a artista por obra realizada em 1981, foi decidido concedê-lo ao arquitecto Álvaro Siza Vieira, pelo projecto da Quinta da Malagueira – 1.ª fase dum importante plano de extensão da cidade de Évora também de sua autoria. Tal como a sua extensa obra anterior, internacionalmente reconhecida pela originalidade da linguagem e vinculação às raízes da arquitectura portuguesa, a obra agora distinguida define uma criação, certamente merecedora da mais ampla audiência nacional.
in acta de reunião de júri do Prémio AICA/MC/Millennium bcp