A Associação Internacional de Críticos de Arte, sediada em Paris, foi criada em 1948 como uma ONG, no âmbito da UNESCO. A sua Secção Portuguesa foi entregue, no mesmo ano, a Reynaldo dos Santos, que delegou em Luís Reis Santos a sua organização. Estes historiadores integraram, na Secção Portuguesa, o escultor Diogo de Macedo, Armando Vieira Santos e Adriano de Gusmão.
Em 1967, José Augusto França e Rui Mário Gonçalves organizaram o primeiro Congresso dos Críticos de Arte Portugueses, realizado em março, onde, estudando a situação Portuguesa, propuseram, a uma assembleia constituída por dezenas de pessoas interessadas, a reestruturação da Secção, o que foi aprovado. A partir de 1968, foram presidentes (nalguns casos, mais do que uma vez), Luís Reis Santos [1955-1968], José-Augusto França [1969-1971], Rui Mário Gonçalves [1971-1973 e 1998-2001], Salette Tavares [1974-1976], Carlos Duarte [1977-1980 e 2002-2004], Pedro Vieira de Almeida [1980-1980], Fernando Pernes [1981-1983], Silvia Chicó [1984-1988 e 1995-1998], Fernando de Azevedo [1988-1995], João Pinharanda [2004-2007], Manuel Graça Dias [2008-2012], Delfim Sardo [2012-2015], João Silvério [2015], Paulo Pires do Vale [2015-2018], Ricardo Carvalho [2018-2021]. A sua atual presidente é Ana Tostões.
A secção portuguesa da AICA organizou dois congressos internacionais de grande prestígio, em 1976 e 1986. A finalidade da AICA é auxiliar e promover a atividade crítica. Entre outros aspetos desta atividade, consta a presença em júris de seleção e a premiação, de modos muito variados. De 1968 a 1972, com o auxílio da empresa SOQUIL, a AICA premiou as exposições consideradas melhores entre as realizadas em Lisboa.
Desde 1981, passou a considerar todo o país e escolhe anualmente um artista visual e um arquiteto merecedores de um prémio nacional, cujo quantitativo é oferecido atualmente pelo Ministério da Cultura e pela Fundação Millennium bcp. Tais artistas deverão ter já um currículo apreciável no ano de atribuição, e serve de pretexto alguma manifestação cultural de que sejam autores, no ano anterior, seja a realização de uma exposição, seja a conclusão de uma obra em espaço público, etc. Desse modo, para além de beneficiar um artista e de o consagrar, o Prémio estimula a presença pública dos melhores artistas. Desse modo também, o Prémio pratica um ato de pedagogia junto do grande público.
Em 2009, a secção portuguesa da Aica cria um prémio de Crítica de Arte em parceria com a Parque Expo: o Prémio AICA/PARQUE EXPO de crítica de arte, com valor pecuniário semelhante ao do prémio AICA/SEC/Millennium bcp e visando a produção crítica e teórica no campo das artes visuais e desde 2013 promove, em parceria com a fundação carmona e costa, o prémio de Crítica e Ensaística de Arte e Arquitetura, que tem lugar de dois em dois anos e um valor pecuniário de dez mil euros.
Em 2011, a Secção Portuguesa comemorou os 30 anos dos Prémios AICA/MC, prémios que destacaram artistas e arquitectos de maior relevância no panorama nacional, permitindo, ao analisar o seu histórico, conhecer parte importante da história recente da arte e arquitectura portuguesas.
Com comissariado-geral de Raquel Henriques da Silva, curadoria de artes visuais e arquitectura por João Pinharanda e Ricardo Carvalho, respectivamente, a Secção Portuguesa promoveu o projecto “30 anos de Prémio AICA” que reuniu cerca de 60 nomes premiados em duas exposições temáticas – Artes Visuais e Arquitectura, que tiveram lugar no Museu Nacional de Arte Contemporânea (Artes Visuais) e na Sociedade Nacional de Belas Artes (Arquitectura).
Nas comemorações dos 40 anos dos Prémios AICA, em novembro de 2021, a SP/AICA organizou no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, a Mesa Redonda “Qual o lugar da crítica?", dedicada à crítica de arte e ao questionamento do seu papel, poder e modos de exercício.